sábado, 6 de março de 2010

EU VI...

EU VI…

Uma vez, Moisés foi guardar o rebanho do sogro.
A um certo momento, viu uma grande chama a arder sem se apagar.
E desse fogo saiu a voz de Deus.

- Moisés, Moisés! Descalça as sandálias que o lugar que pisas é sagrado.
Moisés não sabia bem quem lhe falava.
Foi então que Deus disse:

Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob. Eu vi como o povo de Israel sofre.
Vi as crianças recém-nascidas a serem mortas.
Vi os jovens e adultos nos trabalhos forçados, a serem espancados.
Vi a fome e a miséria das famílias.
Decidi libertar o meu povo da escravidão do Egipto.
E foi assim que Moisés foi chamado para libertar o povo da escravidão do Egipto e o levar para uma nova terra.
O nosso Deus é um Deus que vê, escuta, liberta, faz feliz.


EU HOJE VEJO…

Hoje, o mesmo Deus de Moisés pode falar-nos a cada um de nós, em qualquer lugar, e dizer-nos algo de parecido ao que disse então a Moisés. Dir-nos-á:

- Eu sou o Deus que falou por Jesus Cristo.
Ele veio para fazer de vós uma família de irmãos felizes.
Mas eu vejo hoje coisas muito tristes.
Vejo crianças famintas, exploradas, abandonadas.
Vejo jovens deformados pela droga, pelo álcool e pela Sida.
Vejo famílias sem casa digna, sem pão, sem alegria.
Vejo tantas coisas que me comovem o coração.
Decidi libertar o meu povo de todas as escravidões.

E é assim que cada um de nós, nesta Quaresma, é convidado a ser solidário com quem não vive ainda com a dignidade humana a que tem direito.

Pós Comunhão

Texto a recitar por um leitor, com fundo musical muito suave.

No trágico horizonte destes anos de guerra,
de ódios e violências,
no lento e fatigoso decorrer dos nossos dias,
continua a chamar-nos, Senhor, para dizer-nos quem és.

Ajuda-nos a estar dispostos a escutar a Tua vontade,
ajuda-nos a manter-nos em silêncio,
de joelhos, por um momento,
diante da frágil lâmpada que arde
diante do sacrário da Tua presença.

Fogo sempre ardente,
amor que sempre queimas,
doce Cristo,
bom Jesus,
luz eterna e incansável,
pão de vida que nos fortaleces sem que diminuas;
cada dia és consumido e sempre estás inteiro:
resplandece em mim,
inflama-me,
ilumina e santifica a Tua criatura,
esvazia-a da sua malício,
enche-a de graça e mantém-na sempre saciada,
para que comendo-Te,
viva de Ti, caminhe por Ti, chegue a Ti e descanse em Ti. Amen.

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