sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Senhor criou tudo quanto quis...(Salmo, 135)

o Senhor criou tudo quanto quis; nos céus e sobre a terra,
nos mares e em todos os abismos,
Faz subir as nuvens das extremidades da terra;
converte os relâmpagos em chuva,
retira os ventos dos seus recervatórios.

DEUS REINA SOBRE A CRIAÇÃO


Dele é o mar, foi Ele quem o criou;
a terra firme é obra das Suas mãos

DESEJO DE ESTAR COM DEUS


O Vosso AMOR é mais prcioso do que a vida,
os meus lábios Vos louvarão.
Quero bendizer-Vos em toda a minha vida,
levantar as minhas mãos em Vosso Nome.
(Salmo 63, 4-5)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

CONFIRMAM-SE OS RUMORES: JORNADA DA JUVENTUDE DE 2011 SERÁ EM MADRI


A Espanha já havia acolhido este evento em 1989, em Santiago de Compostela

SYDNEY, domingo, 20 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI confirmou os rumores: ao final da XXIII Jornada Mundial da Juventude, o Papa marcou o próximo encontro com os jovens do mundo em Madri, no ano de 2011.

«Chega agora o momento de vos dizer adeus, ou melhor, até logo. Agradeço-vos por terem participado na Jornada Mundial da Juventude de 2008, aqui em Sydney, e espero que voltemos a nos ver em três anos», disse o Papa em sua despedida.

«A Jornada Mundial da Juventude de 2001 acontecerá em Madri, na Espanha». Os milhares de espanhóis explodiram em gritos e aplausos, alçando bandeiras vermelhas e amarelas.
«Até este momento…», começou a dizer o Papa, mas teve que para, sorrindo, pois os gritos não cessavam. «Até este momento – continuou –, recebemos uns aos outros, e demos ao mundo um alegre testemunho de Cristo. Que Deus vos abençoe».
A Espanha, na cidade de Santiago de Compostela, já tinha acolhido a Jornada Mundial da Juventude em 1989, presidida por João Paulo II e com a participação de meio milhão de jovens.

Era o terceiro lugar no qual foi celebrado um encontro com essas características, depois de Roma e Buenos Aires.
O arcebispo de Santiago de Compostela era então Dom Antonio María Rouco, que acolherá pela segunda vez uma Jornada Mundial da Juventude, mas agora como cardeal e arcebispo da capital espanhola.

BENTO XVI: ENCONTRO COM JOVENS EM SYDNEY, «UM NOVO PENTECOSTES»


Pede aos católicos de todo o mundo que se unam «espiritualmente» à JMJ

Por Inmaculada Álvarez
CASTEL GANDOLFO, domingo, 6 de julho de 2008 (ZENIT.org).- A próxima Jornada Mundial da Juventude será para toda a Igreja «como um renovado Pentecostes», afirmou hoje o Papa Bento XVI, em sua alocução anterior à oração do Angelus, com os peregrinos reunidos no Pátio interior do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.
O Papa insistiu em várias ocasiões, antes e depois do Angelus, na importância de que os católicos de todo o mundo se «unam espiritualmente» à JMJ.

«Convido toda a Igreja a sentir-se participante desta nova etapa da grande peregrinação dos jovens através do mundo, iniciada em 1985 pelo Servo de Deus João Paulo II», exortou.
«Estou seguro de que desde todos os extremos da terra os católicos se unirão a mim e aos jovens reunidos, como em um Cenáculo, em Sydney, invocando intensamente o Espírito Santo, para que inunde os corações de luz interior, de amor a Deus e aos irmãos, de valente iniciativa para introduzir a eterna mensagem de Jesus na diversidade de línguas e culturas», acrescentou em outro momento.

Inclusive, nas saudações em diferentes línguas, ao final do encontro, voltou a insistir aos peregrinos na importância desta «participação espiritual» de toda a Igreja em Sydney.
O Papa se referiu ao lema do encontro, «Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas», sobre o que «já há um ano as comunidades cristãs se preparam» para o grande encontro na Austrália.

«É a promessa que Jesus fez a seus discípulos depois da ressurreição, e que permanece sempre válida e atual na Igreja: o Espírito Santo, esperado e acolhido na oração, infunde nos fiéis a capacidade de ser testemunhas de Jesus e de seu Evangelho».

«Soprando na vela da Igreja, o Espírito divino impulsiona a «remar mar adentro» sempre de novo, de geração em geração, para levar a todos a boa notícia do amor de Deus, revelado plenamente em Cristo Jesus, morto e ressuscitado por nós», acrescentou o Papa.
Bento XVI assegurou que seu pensamento «já está na Austrália», e aproveitou o momento para agradecer a todos os que estão contribuindo nos preparativos, especialmente à Conferência Episcopal australiana e às autoridades civis.

Por último, o Papa fez uma breve reflexão sobre dois dos sinais das Jornadas Mundiais, que sempre estão presentes nestas celebrações: a Cruz dos jovens e o ícone da Virgem.
«Nos meses passados, a “Cruz dos jovens” atravessou toda Oceania, e em Sydney uma vez mais será testemunha silenciosa do pacto de aliança entre o Senhor Jesus Cristo e as novas gerações».
Junto à Cruz, acrescentou o Papa, o «ícone da Virgem Maria acompanha as Jornadas Mundiais da Juventude. A sua maternal proteção confiamos esta viagem à Austrália e o encontro dos jovens em Sydney».

PRESIDIÁRIAS COMPARTILHAM EXPERIÊNCIA DA JMJ

Assim como os jovens peregrinos, elas descobrem a «lectio divina»

Por Anthony Barich
SYDNEY, sábado, 19 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Um monge beneditino britânico, Pe. Laurence Freeman, levou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a uma prisão feminina de Sydney, dirigindo a antiga forma de meditação cristã típica dos monges, a lectio divina, entre presidiárias.
Antes do início da Jornada, a Cruz da JMJ visitou o Centro Penitenciário de Mulheres de Silverwater Women's Correccional, onde há mulheres que seguem esse estilo de oração há 6 anos.
«Os guardas e as autoridades penitenciárias, segundo o capelão, sublinham que as mulheres que fazem essa meditação demonstram uma melhoria real em seu comportamento e em seu estado geral», explica o Pe. Freeman. A lectio divina consiste na leitura orante da Bíblia.
«Com freqüência, falta um pouco de ânimo, pois muitas detidas ficaram traumatizadas ou sofreram abusos, mas depois de algumas sessões de meditação, produz-se o que São Paulo chama de frutos do Espírito: amor, paz, paciência, autocontrole. São experiências interiores, e não tanto algo que pode ver-se externamente.»
O Pe. Freeman afirma que as detentas «estão recebendo uma autêntica assistência e atenção, assim como uma guia espiritual; e nesse contexto, a meditação consegue ter um significado para elas.»
O beneditino pensou, há alguns meses, que, dado que a JMJ envolveria toda a cidade de Sydney, também as detidas deveriam poder ter a possibilidade de experimentar essa mesma obra do Espírito Santo.
«Nós gostaríamos de ter certeza de que elas entrariam em contato com a Jornada – diz ele, explicando o motivo da visita. Enquanto estávamos aqui sentados, em meditação com elas, sentíamos que estávamos no coração da Igreja, que não está necessariamente onde o Papa e os cardeais se encontram fisicamente, e sim também nos pobres, nos que sofrem, nas pessoas esquecidas.»

Momentos de graça
Os jovens também puderam desfrutar das sessões de meditação, baseadas na espiritualidade beneditina.
«A compreensão cristã da meditação consiste em que o Espírito Santo está vivo no centro do nosso ser, do nosso coração, e ser fortalecidos por isso não é somente algo que vem de fora, mas que desperta nosso interior», diz o Pe. Freeman. «Espero que tanto os peregrinos da JMJ quanto as detentas possam experimentar isso.»
A comunidade de meditação cristã ofereceu sessões aos jovens na igreja de Paddington Uniting, na rua Oxford.
Seguindo o convite de Bento XVI a procurar um tempo para a reflexão durante a euforia da jornada juvenil, o cardeal Geroge Pell, arcebispo de Sydney, afirmou que esse centro de meditação cristã poderia ser precisamente aquilo de que os peregrinos precisam.
«Muitas graças tocarão suas vidas nestes dias – disse o purpurado aos peregrinos, em uma visita ao grupo de meditação. Rezo para que as graças da oração contemplativa toquem também nosso coração e o enriqueçam para o resto de nossas vidas.»
«O tempo passado em silêncio no centro da meditação cristã pode ser um momento para que vocês recebam esta graça.»
O Pe. Freeman reconhece que a lectio divina está vivendo um revival, convertendo-se em uma alternativa à moda da meditação budista.

COMOVENTE PEDIDO DE PERDÃO DO PAPA PELOS ABUSOS SEXUAIS


Testemunhos dos que o ouviram

Por Anthony Barich
SYDNEY, sábado, 19 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Os que foram testemunhas do pedido de perdão de Bento XVI às vítimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes não ocultaram sua comoção.

Ao celebrar a Eucaristia, na manhã de hoje, na catedral de Santa Maria, o Papa disse: «Eu estou realmente muito triste pela dor e pelo sofrimento suportados pelas vítimas e lhes asseguro que, como seu Pastor, compartilho o seu sofrimento».
E acrescentou: «Esses delitos, que constituem uma grave traição à confiança, devem ser condenados de forma inequívoca. Eles provocaram uma grande dor e afetaram o testemunho da Igreja» (cf. Zenit, 19 de julho de 2008).
Lorena Portocarrero, de 25 anos, leiga consagrada que esteve na 5ª fila na catedral de Santa Maria quando o Papa pronunciou estas palavras, garantiu à Zenit que não resta a menor dúvida de que ele realmente se sentia mortificado por esses atos perpetrados por outras pessoas.
«Ele parecia realmente compungido e insistiu em que compreende a dor dessas pessoas», afirma Portocarrero, que faz parte da Comunidade Mariana da Reconciliação, em Sydney.
«Ele demonstrou muita humildade e falou de coração – disse. Eu me sentia feliz e triste ao mesmo tempo. Sinto-me contente porque o chefe da Igreja é capaz de pedir perdão às pessoas pelos abusos dos membros da Igreja, que causam dano a pessoas às quais deveriam servir.»
John Paul Escarlan, de 24 anos, estudante no seminário do Espírito Santo em Parramatta (Sydney), considera que as palavras do Papa «são uma forma de recordar que não podemos trair a confiança das pessoas às quais devemos servir».
«O que ele disse me comoveu – admite Escarlan. Ainda que o papa não tenha cometido esses abusos, para mim foi impressionante a humildade que ele nos manifestou.»
«O mais importante que se pode fazer é pedir perdão às vítimas que ficaram feridas por alguém da Igreja», conclui o seminarista.