sábado, 19 de março de 2011

ENCONTRO NACIONAL SVD/SSPS EM FÁTIMA





Chegaram do norte e do sul, do leste e oeste, de todos os lados. Felizes e sorridentes encontravam-se com outros conhecidos e era aquele abraço ou aquele beijo. Era o dinamismo do encontro selado com gestos carinhosos de quem se conhece e se quer bem. Eram os Amigos do Verbo Divino que, em peregrinação, se encaminharam para Fátima para, junto a Maria, celebrar a Missão.

Foi assim que nos dias 12 e 13 de Março, cerca de um milhar de pessoas quiseram louvar o Senhor pelas maravilhas que Ele vai operando através de tantas atitudes e gestos que ao longo do ano o mesmo Senhor realiza em todos estes peregrinos. E todos com Maria, abraçados pelo mesmo lema: Como Ele, dá rosto à missão.

Foi em silêncio e cantando, foi de joelhos e de pé, foi na alegria e com as lágrimas no rosto, foi pessoalmente e em grupo que o louvor brotou do mais profundo dos corações e, como filhos, dizer à Mãe que estávamos em Fátima para rezar com ela tal como os apóstolos no dia de pentecostes e que ela, como Mãe, peça para nós o Espírito Santo que nos ensine a ser missionários da nova evangelização.

Foi assim na chegada, no durante e na partida. Foi a festa da missão a acontecer na casa dos missionários do Verbo Divino, junto à capelinha das aparições ou na igreja da Santíssima Trindade. Naquele espaço maravilhoso, e naquela manhã de domingo, fez-se ouvir a palavra do bispo D. Augusto César, membro da comissão episcopal das missões, que na sua experiência de missionário e pastor, desafiou os presentes a serem missionários de corpo e alma.

E as últimas horas vividas como grupo na tarde de domingo, num salão em festa, onde leigos entusiastas da missão, missionários do Verbo Divino, missionárias Servas do Espírito Santo abraçaram o envio para levarem ao mundo o perfume das mais belas flores, sabendo que quem conquista o coração, conquista a pessoa.

P. António Leite, SVD

terça-feira, 1 de março de 2011

Timor oan sira iha Portugal

Festa natal dos jovens timorenses em Lisboa-Portugal

A Igreja de S. Nicolau é, desde sempre, o local habitual de celebrações religiosas de acontecimentos da História de Timor L. Nos anos anteriores, a presença de jovens timorenses na celebração eucarística era bem visível. Este ano, esta presença significativa e dinamizadora estava reduzida ao grupo que se pode ver através do registo fotográfico.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lisboa: Missão nas paróquias franciscanas de Marvila


Lisboa, 21 Fev (Ecclesia) – O Vale de Chelas, em Lisboa, acolheu nos últimos dias uma «Semana Missionária», promovida pelas paróquias confiadas aos franciscanos, o Sector de Animação Missionária do patriarcado (SAMP) e os Institutos Missionários ad gentes.

O padre Tony Neves, director do SAMP, refere que o trabalho destes dias decorreu dentro e fora da Igreja, em espaços como supermercados ou escolas, por exemplo.

D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, presidiu à abertura oficial desta semana com um apelo à Missão, que se concretizou, ao longo dos dias, com a presença de missionários (padres, irmãs e leigos) nas eucaristias das três grandes comunidades locais (S. Maximiliano Kolbe, S. Beatriz e S. Clara).

Uma equipa esteve presente num espaço comercial, com o projecto «Doce Missão».
“Foi um momento de sensibilização, de gerar perguntas e inquietações, de provocar o encontro com ali só vinha fazer compras, em tempo de crise”, assinala Tony Neves.

Visitas a idosos, doentes e famílias da zona, juntamente com vigílias de oração, acções de formação, sensibilização missionária e testemunho deram vida a esta iniciativa, que contou ainda com uma “festa missionária” para os mais novos.

A zona de Chelas é assistida pastoralmente por cinco franciscanos da Itália, da Roménia e de Portugal, que ali vivem comunitariamente.

TN/OC

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR


DIA MUNDIAL DA VIDA CONSAGRADA

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2006
Queridos irmãos e irmãs!

A hodierna festa da Apresentação de Jesus no Templo, quarenta dias depois do seu nascimento, apresenta diante dos nossos olhos um momento particular da vida da Sagrada Família: segundo a lei moisaica, o menino Jesus é levado por Maria e José ao templo de Jerusalém para ser oferecido ao Senhor (cf. Lc 2, 22). Simeão e Ana, inspirados por Deus, reconhecem naquele Menino o Messias tão esperado e profetizam sobre Ele. Estamos na presença de um mistério, ao mesmo tempo simples e solene, no qual a Santa Igreja celebra Cristo, o Consagrado do Pai, primogénito da nova humanidade.

A sugestiva procissão dos Círios no início da nossa celebração fez-nos reviver a majestosa entrada, cantada no Salmo responsorial, d’Aquele que é «o rei da glória» (Sl 23, 7-8). Mas quem é o Deus poderoso que entra no Templo? É um Menino; é o Menino Jesus, entre os braços da sua mãe, a Virgem Maria. A Sagrada Família cumpre tudo o que a Lei prescrevia: a purificação da mãe, a oferenda do primogénito a Deus e o seu resgate mediante um sacrifício. Na primeira Leitura a Liturgia fala do oráculo do profeta Malaquias: «Imediatamente entrará no seu santuário o Senhor» (Mal 3, 1). Estas palavras comunicam toda a intensidade do desejo que animou a expectativa da parte do povo hebreu ao longo dos séculos. Entra finalmente na sua casa «o cordeiro da aliança» e submete-se à Lei: vai a Jerusalém para entrar, em atitude de obediência, na casa de Deus.

O significado deste gesto adquire uma perspectiva mais ampla no trecho da Carta aos Hebreus, proclamado hoje como segunda Leitura. Nele é-nos apresentado Cristo, o mediator que une Deus e o homem abolindo as distâncias, eliminando qualquer divisão e abatendo todos os muros de separação. Cristo vem como novo «sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus, para expiar os pecados do povo» (Hb 2, 17). Observamos assim que a mediação com Deus já não se realiza na santidade-separação do sacerdócio antigo, mas na solidariedade libertadora com os homens. Ele inicia, ainda Criança, a andar pelo caminho da obediência, que percorrerá até ao fim. Ressalta bem isto a Carta aos Hebreus quando diz: «Quando vivia na carne, ofereceu... orações e súplicas... Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obedecer, sofrendo e, uma vez atingida a perfeição, tornou-se para todos os que Lhe obedecem fonte de salvação eterna» (cf. Hb 5, 7-9).
A primeira pessoa que se une a Cristo no caminho da obediência, da fé provada e do sofrimento partilhado é a sua mãe, Maria. O texto evangélico mostra-no-la no gesto de oferecer o Filho: uma oferenda incondicional que a envolve em primeira pessoa: Maria é a Mãe d’Aquele que é «glória do seu povo, Israel» e «luz que ilumina as nações» (cf. Lc 2, 32.34). E ela mesma, na sua alma imaculada, deverá ser trespassada pela espada do sofrimento, mostrando assim que o seu papel na história da salvação não termina no mistério da Encarnação, mas se completa na amorosa e dolorosa participação na morte e na ressurreição do seu Filho. Levando o Filho a Jerusalém, a Virgem Mãe oferece-o a Deus como verdadeiro Cordeiro que tira os pecados do mundo: apresenta-o a Simeão e a Ana como anúncio de redenção; apresenta-o a todos como luz para um caminho seguro pela via da verdade e do amor.

As palavras que neste encontro vêm aos lábios do idoso Simeão - «Os meus olhos viram a tua salvação» (Lc 2, 30) - encontraram eco no coração da profetiza Ana. Estas pessoas justas e piedosas, envolvidas pela luz de Cristo, podem contemplar no Menino Jesus «a consolação de Israel» (Lc 2, 25). A sua expectativa transforma-se assim em luz que ilumina a história. Simeão é portador de uma antiga esperança e o Espírito do Senhor fala ao seu coração: por isso pode contemplar aquele que muitos profetas e reis tinham desejado ver, Cristo, luz que ilumina as nações. Reconhece naquele Menino o Salvador, mas intui no espírito que em seu redor se jogará o destino da humanidade, e que deverá sofrer muito por parte de quantos o rejeitarão; proclama a sua identidade e a missão de Messias com as palavras que formam um dos hinos da Igreja nascente, do qual irradia toda a exultação comunitária e escatológica da expectativa salvífica realizada. O entusiasmo é tão grande que viver e morrer são a mesma coisa, e a «luz» e a «glória» tornam-se uma revelação universal. Ana é «profetiza», mulher sábia e piedosa que interpreta o sentido profundo dos acontecimentos históricos e da mensagem de Deus neles escondido. Por isso pode «louvar a Deus» e falar «do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém» (Lc 2, 38). A prolongada viuvez dedicada ao culto no templo, a fidelidade aos jejuns semanais, a participação na expectativa de quantos aspiravam pelo resgate de Israel concluem-se no encontro com o Menino Jesus.
Queridos irmãos e irmãs, nesta festa da Apresentação do Senhor a Igreja celebra o Dia da Vida Consagrada. Trata-se de uma ocasião oportuna para louvar o Senhor e agradecer-lhe pelo dom inestimável que a vida consagrada representa nas suas diferentes formas; é ao mesmo tempo um estímulo a promover em todo o povo de Deus o reconhecimento e a estima por quem se consagrou totalmente a Deus. De facto, como a vida de Jesus, na sua obediência e dedicação ao Pai, é parábola viva do «Deus connosco», também a dedicação concreta das pessoas consagradas a Deus e aos irmãos se torna sinal eloquente da presença do Reino de Deus no mundo de hoje. O vosso modo de viver e de trabalhar é capaz de manifestar sem atenuações a plena pertença ao único Senhor; a vossa entrega total nas mãos de Cristo e da Igreja é um anúncio forte e claro da presença de Deus numa linguagem compreensível para os nossos contemporâneos. É este o primeiro serviço que a vida consagrada presta à Igreja e ao mundo. No meio do Povo de Deus eles são como sentinelas que distinguem e anunciam a vida nova já presente na nossa história.
Dirijo-me agora de modo especial a vós, queridos irmãos e irmãs que abraçastes a vocação de especial consagração, para vos saudar com afecto e vos agradecer de coração a vossa presença. Dirijo uma saudação especial a D. Franc Rodé, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e aos seus colaboradores, que concelebram comigo esta Santa Missa. O Senhor renove todos os dias em vós e em todas as pessoas consagradas a resposta jubilosa ao seu amor gratuito e fiel. Queridos irmãos e irmãs, como círios acesos, irradiai sempre e em toda a parte o amor de Cristo, luz do mundo. Maria Santíssima, a Mulher consagrada, vos ajude a viver plenamente esta vossa especial vocação e missão na Igreja para a salvação do mundo.
Amém!

© Copyright 2006 - Libreria Editrice Vaticana

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Chamou à sua presença aqueles que entendeu

EVANGELHO Mc 3, 13-19

«Chamou à sua presença aqueles que entendeu»

Jesus rodeia-Se de Doze Apóstolos, os futuros pastores do povo de Deus, como, no antigo Israel, as tribos desse povo eram também em número de doze. É Jesus quem os escolhe, porque é Ele quem está na origem do povo da nova Aliança. Aos Doze Jesus comunica o seu poder sobre o reino demoníaco do mal, para que o seu triunfo pascal esteja sempre presente entre os homens, na Igreja, por meio deles, que hoje se continuam no Colégio ou Ordem dos Bispos.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se. Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com poder de expulsar demónios. Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Iscariotes, que depois O traiu.

Palavra da salvação.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os espíritos impuros gritavam: ‘Tu és o Filho de Deus’



EVANGELHO Mc 3, 7-12

«Os espíritos impuros gritavam: ‘Tu és o Filho de Deus’.
Jesus proibia-os severamente que o dessem a conhecer»

Jesus é procurado sobretudo pelos que mais precisam. É natural. E Ele mostra-Se-lhes como a fonte da vida; por isso, cura os doentes, como sinal de que tinham chegado finalmente os tempos preditos pelos profetas. Mas quer acima de tudo que as pessoas O encontrem na fé, e não vejam n’Ele apenas um simples benfeitor ou uma pessoa que arrasta multidões. A fé há-de nascer no coração e não na exaltação momentânea, fruto de emoção.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia. Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia. Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse. Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem. Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.

Palavra da salvação.