sexta-feira, 18 de março de 2016

VIA SACRA PARA SEXTA FEIRA SANTA, 25.03.2016

VIA SACRA, SEXTA FEIRA SANTA, 25.03.2016
PARÓQUIA DE ODIVELAS

Introdução

Presidente (Padre)
Somos convidados, nesta Via-Sacra a meditar na Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, unindo a nossa oração a todos aqueles que, ao longo dos tempos, se deixaram desafiar pelas palavras de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.”

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amen.

 “Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, está a sua imensa Misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Confiemos em Jesus, abandonemo-nos a Ele, porque nunca desilude ninguém! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos a salvação e a redenção.”
“Se alguém quiser vir após Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” (Mt 16, 24).
Noite de Sexta-feira Santa. Há vinte séculos que a Igreja se reúne nesta noite para recordar e reviver os acontecimentos da última etapa do caminho terreno do Filho de Deus. Hoje, como nos demais anos, a Igreja na nossa comunidade paroquial de Odivelas concentramo-nos, para seguir os passos de Jesus que, “carregando às costas a cruz, saiu para o lugar chamado Crânio, que em hebraico se diz Gólgota” (Jo 19, 17).
Encontramo-nos aqui animados pela convicção de que a via-sacra do Filho de Deus não foi um simples caminhar para o lugar do suplício. Acreditamos que cada passo do Condenado, cada gesto e palavra d’Ele, e tudo o mais que foi vivido e realizado por quantos tomaram parte neste drama, continua incessantemente a falar-nos. Cristo, mesmo no seu sofrimento e na sua morte, desvenda-nos a verdade acerca de Deus e do homem.
Neste Ano onde dedica ao Deus Misericordioso, queremos refletir mais intensamente no conteúdo daquele acontecimento, para que fique gravado, com uma força nova, nas nossas mentes e nos nossos corações e daí brote a graça duma autêntica participação.
Participar significa ter uma parte. E que significa ter uma parte na cruz de Cristo? – Significa experimentar, no Espírito Santo, o amor que a cruz de Cristo encerra. Significa reconhecer, à luz desse amor, a própria cruz. Significa retomá-la aos próprios ombros e, por força sempre daquele amor, caminhar… Caminhar pela vida fora, imitando Aquele que “suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está agora sentado à direita do trono de Deus” (Heb 12, 2). Alguns momentos de silêncio.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, enchei os nossos corações com a luz do vosso Espírito, para que, acompanhando-Vos no vosso último caminho, conheçamos o preço da nossa redenção e nos tornemos dignos de participar nos frutos da vossa paixão, morte e ressurreição. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
R. Amém. (Canta)

I ESTAÇÃO - Jesus condenado à morte

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo
Do Evangelho segundo São Lucas 23, 21-25
«De novo Pilatos dirigiu-lhes a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: “Crucifica-O! Crucifica-O!” Pilatos disse-lhes pela terceira vez: “Que mal fez Ele, então? Nada encontrei n’Ele que mereça a morte. Por isso, vou libertá-Lo, depois de O castigar”. Mas eles insistiam em altos brados, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então, Pilatos decidiu que se fizesse o que eles pediam. Libertou o que fora preso por sedição e homicídio, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam».
Um Pilatos amedrontado que não procura a verdade, o dedo em riste que acusa e o clamor crescente da multidão enfurecida são os primeiros passos do morrer de Jesus. Inocente, como um cordeiro, cujo sangue salva o seu povo. Aquele Jesus que passou pelo meio de nós, curando e abençoando, agora é condenado à pena capital. Nenhuma palavra de agradecimento da multidão, que, em vez d’Ele, escolhe Barrabás. Para Pilatos, torna-se um caso embaraçoso. Abandona-O à multidão e lava as mãos, todo apegado ao seu poder. Entrega-O, para ser crucificado. Não quer mais saber d’Ele para nada. Para ele, o caso está encerrado.
A condenação apressada de Jesus reúne assim as acusações fáceis, os juízos superficiais entre o povo, as insinuações e os preconceitos que fecham o coração e se tornam cultura racista, de exclusão e de descarte, juntamente com as cartas anónimas e as calúnias horríveis. Acusados, imediatamente são atirados para a primeira página; declarados inocentes, acaba-se na última!
E nós? Saberemos ter uma consciência recta e responsável, transparente, que nunca volte as costas ao inocente, mas se posicione, com coragem, em defesa dos fracos, resistindo à injustiça e defendendo em todo o lado  a verdade violada?

ORAÇÃO

Senhor Jesus, há mãos que dão apoio e há mãos que assinam sentenças injustas.
Fazei que, sustentados pela vossa graça, não descartemos ninguém.
Defendei-nos das calúnias e da mentira.  Ajudai-nos a procurar sempre a verdade
e a estar da parte dos fracos,  capazes de acompanhar o seu caminho.
E dai a vossa luz a quem deve, por missão, julgar em tribunal,
para que pronuncie sempre sentenças justas e verdadeiras.   Ámen.
Pai Nosso…
Música

 II ESTAÇÃO - Jesus é carregado com a Cruz

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Da primeira Carta de São Pedro 2, 24-25
«Subindo ao madeiro, Jesus levou os nossos pecados no seu corpo, para que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas feridas, fostes curados. Na verdade, éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes ao Pastor e Guarda das vossas almas».
Aquele madeiro da cruz pesa, porque nele Jesus leva os pecados de todos nós. Cambaleia sob aquele peso, grande demais para um homem só (Jo 19, 17).
Nele está também o peso de todas as injustiças que produziram a crise económica, com as suas graves consequências sociais: precariedade, desemprego, demissões, dinheiro que governa em vez de servir, especulação financeira, suicídios de empresários, corrupção e usura, juntamente com empresas que deixam os países.
Esta é a cruz pesada do mundo do trabalho, a injustiça colocada sobre os ombros dos trabalhadores. Jesus toma-a sobre os seus ombros e ensina-nos a viver, não mais na injustiça, mas capazes, com sua ajuda, de criar pontes de solidariedade e esperança, para não sermos ovelhas errantes nem extraviadas nesta crise.
Portanto voltemos para Cristo, Pastor e Guarda das nossas almas. Lutemos juntos pelo trabalho na reciprocidade, vencendo o medo e o isolamento, recuperando a estima pela política e procurando juntos a saída para os problemas.
Então, a cruz tornar-se-á mais leve, se levada com Jesus e sustentada conjuntamente por todos, porque «pelas suas feridas – transformadas em frestas – fomos curados» (cf. 1 Ped 2, 24).

ORAÇÃO

Senhor Jesus, a nossa noite é cada vez mais densa!  A pobreza assume o aspecto da miséria. Não temos pão para dar aos filhos e as nossas redes estão vazias. Incerto, o nosso futuro. Provede ao trabalho que falta. Suscitai em nós o ardor pela justiça,  para que a vida que levamos não seja feita de rastos,
mas vivida em dignidade! Ámen.
Pai Nosso…
 Musica

III ESTAÇÃO - Jesus cai pela primeira vez

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Livro do profeta Isaías 53, 4-5
«Ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado. Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele».
É um Jesus frágil, humaníssimo, Aquele que contemplamos, maravilhados, nesta estação de grande sofrimento. Precisamente esta sua queda, no pó, revela-nos ainda mais o seu amor imenso. É empurrado pela multidão, atordoado pelos gritos dos soldados, sofre a ardência das chagas da flagelação, cheio de amargura interior pela imensa ingratidão humana. E cai. Cai por terra.
Mas nesta queda, cedendo ao peso e à fadiga, uma vez mais Jesus faz-Se Mestre de vida. Ensina-nos a aceitar as nossas fragilidades, a não desanimar com os nossos fracassos, a reconhecer com lealdade as nossas limitações: «Querer o bem – diz São Paulo – está ao meu alcance, mas realizá-lo, isso não» (Rm 7, 18).
Com esta força interior, que Lhe vem do Pai, Jesus ajuda-nos a acolher também as fragilidades dos outros; a não encarniçar-nos contra quem está caído, a não ficar indiferente perante os que caem. E dá-nos a força para não fechar a porta a quem bate às nossas casas, pedindo asilo, dignidade e pátria. Cientes da nossa fragilidade, acolheremos no nosso meio a fragilidade dos imigrantes, para que encontrem apoio e esperança.
De facto, é na água suja da bacia do Cenáculo, isto é, na nossa fraqueza que se reflecte o verdadeiro rosto do nosso Deus! Por isso, «todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus» (1 Jo 4, 2).

ORAÇÃO

Senhor Jesus, que Vos fizestes humilde para resgatar as nossas fragilidades,
tornai-nos capazes de entrar em verdadeira comunhão com os nossos irmãos mais pobres. Arrancai-nos do coração toda a raiz de medo e de cómoda indiferença,
que nos impede de Vos reconhecer nos imigrantes, para testemunhar que a vossa é uma Igreja sem fronteiras, verdadeira mãe de todos! Ámen.
Pai Nosso…
Musica

IV ESTAÇÃO - Jesus encontra a Mãe

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho de São Lucas e da Carta de São Paulo aos Romanos
«Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma» (Lc 2, 34-35). «Chorai com os que choram. Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros» (Rm 12, 15-16).
Carregado de emoção e de lágrimas pungentes é este encontro de Jesus com sua Mãe, Maria. Exprime-se nele a força invencível do amor materno, que supera todo o obstáculo e sabe abrir qualquer estrada. Mas ainda mais vivo é o olhar solidário de Maria, que se solidariza e dá força ao Filho. Assim o nosso coração enche-se de maravilha, ao contemplar a grandeza de Maria precisamente no facto de, sendo Ela criatura, se fazer o «próximo» do seu Deus e Senhor.
Nas lágrimas d’Ela, reúnem-se todas as lágrimas de cada mãe pelos seus filhos distantes, pelos jovens condenados à morte, trucidados ou enviados para a guerra, especialmente as crianças-soldado. Aqui ouvimos o lamento desolador das mães pelos seus filhos, que morrem por causa dos tumores produzidos pela incineração dos resíduos tóxicos.
Lágrimas amarguíssimas! Partilha solidária da angústia dos filhos! Mães de vigia na noite, com as lâmpadas acesas, temendo pelos jovens vítimas da precariedade ou engolidos pela droga e pelo álcool, especialmente nas noites de sábado.
 Ao redor de Maria, nunca seremos um povo órfão! Também a nós, como a São Juan Diego, Maria oferece a carícia da sua consolação materna e diz-nos: «Não se perturbe o teu coração. (...) Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 286).

ORAÇÃO

Ave, minha Mãe, dai-me a vossa santa bênção.  Abençoai-me a mim e toda a minha casa.  Dignai-Vos oferecer a Deus tudo o que hoje tenho de fazer e sofrer,
em união com os méritos vossos e do vosso santíssimo Filho. Eu Vos ofereço e dedico tudo o que sou e tenho ao vosso serviço, colocando-me completamente sob o vosso manto. Alcançai-me, ó Senhora minha, pureza de mente e de corpo e fazei que, neste dia,nada faça que possa desagradar a Deus. Vo-lo peço pela vossa Imaculada Conceição
e pela vossa ilibada virgindade. Ámen.
(São Gaspar Bertoni).
Pai Nosso…
 Musica

V ESTAÇÃO - Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a Cruz

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho segundo São Marcos15, 21
«Para Lhe levar a cruz, requisitaram um homem que passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo».
Simão de Cirene passa por acaso. Mas torna-se um encontro decisivo na sua vida. Voltava dos campos. Homem de fadiga e de vigor. Por isso, foi forçado a levar a cruz de Jesus, condenado a uma morte infame (cf. Fil 2, 8).
Mas, aquele encontro transformar-se-á, de casual, num decisivo e vital seguimento atrás de Jesus, carregando dia a dia a sua cruz, renegando-se a si mesmo (cf. Mt 16, 24-25). Com efeito, Simão é recordado por Marcos como o pai de dois cristãos conhecidos na comunidade de Roma: Alexandre e Rufo. Um pai que, de certeza, imprimiu no coração dos filhos a força da cruz de Jesus. É que a vida, se a guardas demasiado para ti, torna-se bafienta e árida. Mas, se a ofereces, floresce tornando-se espiga de trigo para ti e para toda a comunidade.
Aqui está a verdadeira cura do nosso egoísmo, sempre à espreita. A relação com os outros cura-nos e gera uma fraternidade mística, contemplativa, que sabe ver a grandeza sagrada do próximo, que sabe descobrir Deus em cada ser humano, que sabe suportar as moléstias da existência, agarrando-se ao amor de Deus. Só abrindo o coração ao amor divino, sou impelido a procurar a felicidade dos outros nos variados gestos de voluntariado: uma noite no hospital, um empréstimo sem juros, uma lágrima enxugada em família, a gratuidade sincera, o compromisso clarividente do bem comum, a partilha do pão e do trabalho, vencendo toda e qualquer forma de ciúmes e de inveja.
É o próprio Jesus que no-lo recorda: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

ORAÇÃO

Senhor Jesus, no amigo Cireneu vibra o coração da vossa Igreja,  que se fez tecto de amor para quantos têm sede de Vós.  A ajuda fraterna é a chave para cruzarmos, juntos, a porta da Vida.  Não permitais que o nosso egoísmo nos faça passar ao largo,  mas ajudai-nos a derramar o óleo da consolação nas feridas alheias,  para nos tornarmos companheiros de estrada leais, sem fugas e sem nunca nos cansarmos de optar pela fraternidade. Ámen.
Pai Nosso…
Musica

VI  ESTAÇÃO - A Verónica limpa o rosto de Jesus

.V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Livro dos Salmos Sal 27, 8-9
«O meu coração murmura por Ti, os meus olhos Te procuram; é a tua face que eu procuro, Senhor. Não desvies de mim o teu rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu Salvador».
Jesus lá se vai arrastando com dificuldade, ofegante. Mas a luz no seu rosto permanece intacta. Não há ofensa que possa sobrepor-se à sua beleza. Os escarros não a obscureceram. As bofetadas não conseguiram apagá-la. Aquele rosto apresenta-se como uma sarça ardente, que quanto mais é ultrajado tanto mais consegue emanar uma luz de salvação. Caem lágrimas silenciosas dos olhos do Mestre. Carrega o peso do abandono. E no entanto Jesus avança, não pára, não volta para trás. Enfrenta a opressão. Perturba-O a crueldade, mas Ele sabe que o seu morrer não será em vão.
Então, Jesus pára diante de uma mulher que vem ao seu encontro, sem qualquer hesitação. É a Verónica, verdadeira imagem feminina da ternura.
Aqui o Senhor encarna a nossa necessidade de amorosa gratuidade, de nos sentirmos amados e protegidos por gestos de carinho e cuidado. As carícias desta criatura ficam banhadas pelo sangue precioso de Jesus e parecem cancelar os actos de profanação que Ele recebeu naquelas horas de tortura. A Verónica consegue tocar o doce Jesus, roçar a sua candura. Não só para aliviar, mas também para participar no seu sofrimento. Em Jesus, reconhece todo o próximo que deve consolar com um toque de ternura, querendo chegar aos gemidos de dor de quantos, hoje, não recebem assistência nem calor de compaixão. E morrem de solidão.

ORAÇÃO

Senhor Jesus,
como pesa o afastamento de quem julgávamos
estar ao nosso lado nos dias da desolação!
Mas, Vós, envolvei-nos com aquele pano
que traz impresso o vosso sangue precioso,
derramado ao longo do caminho do abandono,
que, também Vós, sofrestes injustamente.
Sem Vós, não temos
nem podemos dar qualquer alívio. Amen.
Pai Nosso…

VII ESTAÇÃO - Jesus cai pela segunda vez

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Livro dos Salmos Sal 117, 11.12-13.18
«Rodearam-me (...). Cercaram-me como um enxame de vespas, a sua fúria crepitava como fogo entre espinhos, mas eu aniquilei-os em nome do Senhor. Empurraram-me com violência para eu cair, mas o Senhor veio em meu auxílio. (...) O Senhor castigou-me com dureza, mas não me deixou morrer».
Em Jesus cumprem-se verdadeiramente as antigas profecias do Servo humilde e obediente, que toma sobre os seus ombros toda a nossa história de sofrimento. E assim Jesus, empurrado para a frente à força, cai sob a fadiga e a opressão, rodeado, circundado pela violência, já sem forças. Cada vez mais só, sempre mais nas trevas. Dilacerado na carne, debilitado nos ossos.
N’Ele reconhecemos a amarga experiência dos encarcerados de cada prisão, com todas as suas desumanas contradições. Rodeados e cercados, «empurrados violentamente para cair». Hoje, a prisão continua a ser demasiado distante, esquecida, repudiada pela sociedade civil. Existem as absurdidades da burocracia, a lentidão da justiça. Dupla pena é ainda a superlotação: é um sofrimento agravado, uma opressão injusta, que consome a carne e os ossos. Alguns – demasiados! – não conseguem resistir… E mesmo quando um irmão nosso sai, ainda o consideramos um «ex-preso», fechando-lhe deste modo as portas do resgate social e laboral.
Mais grave, porém, é a prática da tortura, infelizmente ainda espalhada em várias partes da terra e sob variadas formas. Tal como sucedeu com Jesus: também Ele açoitado, humilhado pela soldadesca, torturado com a coroa de espinhos, flagelado cruelmente.
Hoje, à vista desta queda, como sentimos verdadeiras as palavras de Jesus: «Estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 36). Em cada prisão, junto de cada torturado, está sempre Ele, o Cristo sofredor, preso e torturado. Quando provados, mesmo duramente, é Ele o nosso auxílio, para não se apoderar de nós o pavor. Só juntos nos levantamos, acompanhados por válidos agentes sociais, apoiados pela mão fraterna dos voluntários e erguidos por uma sociedade civil que faz suas as inúmeras injustiças dentro dos muros de uma prisão.

ORAÇÃO
Senhor Jesus,  uma comoção sem fim se apodera de mim ao ver-Vos caído no chão por mim. Nenhum mérito tenho, só uma multidão de pecados, incoerências, fragilidades.
Por resposta, um grande Amor de predilecção!  Expulsos da sociedade, mortos pelo julgamento,  Vós nos abençoastes para sempre.
Felizes de nós, se hoje estamos contigo, aqui no chão, resgatados da condenação.
Concedei-nos que não fujamos das nossas responsabilidades,  dai-nos a graça de habitar na vossa humilhação, a salvo de qualquer pretensão de omnipotência
para renascer para uma vida nova como criaturas feitas para o Céu. Amen.
Pai Nosso…

VIII ESTAÇÃO - Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho segundo São Lucas 23, 28
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos».
Como tochas acesas, nos aparecem as figuras femininas ao longo da via dolorosa. Mulheres de fidelidade e coragem, que não se deixam intimidar pelos guardas nem escandalizar pelas chagas do Bom Mestre. Estão prontas a encontrá-Lo e a consolá-Lo. Jesus está ali na frente delas. Há quem O espezinhe no momento em que cai por terra exausto. Mas, as mulheres estão ali, prontas a oferecer-Lhe aquele palpitar caloroso que o coração já não consegue conter. Primeiro, olham-No de longe, mas depois aproximam-se d’Ele como faz todo o amigo, todo o irmão ou irmã, quando se apercebe da dificuldade que vive a pessoa amada.
Jesus é sensível às suas lágrimas amargas, mas exorta-as a não consumirem o coração vendo-O assim maltratado, a não serem mais mulheres lacrimantes, mas crentes! Pede uma dor compartilhada e não uma comiseração estéril e lacrimosa. Não mais lamentações, mas vontade de renascer, olhar em frente, avançar com fé e esperança para aquela aurora de luz que surgirá ainda mais deslumbrante sobre a cabeça de quantos caminham rumo a Deus. Choremos sobre nós mesmos, se ainda não acreditamos naquele Jesus que nos anunciou o Reino da salvação. Choremos pelos nossos pecados não confessados.
Mais, choremos por aqueles homens que descarregam sobre as mulheres a violência que têm dentro. Choremos pelas mulheres escravizadas pelo medo e a exploração. Mas, não basta bater no peito e sentir comiseração. Jesus é mais exigente. As mulheres devem ser tranquilizadas como Ele fez, devem ser amadas como um dom inviolável para toda a humanidade. Para o crescimento dos nossos filhos, em dignidade e esperança.

ORAÇÃO

Senhor Jesus,
detém a mão de quem espanca as mulheres!
Levanta o coração delas do abismo do desespero
quando se tornam presa de violência.
Visita o seu choro, quando se encontram sozinhas.
E abre o nosso coração à partilha de cada dor,
com sinceridade e fidelidade,
ultrapassando a compaixão natural,
para nos tornarmos instrumentos de verdadeira libertação. Amen.
Pai Nosso…

IX ESTAÇÃO - Jesus cai pela terceira vez

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Da Carta de São Paulo aos Romanos 8, 35.37
«Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (…) Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças Àquele que nos amou».
São Paulo enumera as suas provações, mas sabe que, antes dele, passou por elas Jesus, que, no caminho para o Gólgota, cai uma, duas, três vezes. Destroçado pelas tribulações, a perseguição, a espada, oprimido pelo madeiro da cruz. Exausto! Parece dizer, como nós em muitos momentos sombrios: Não aguento mais!
É o grito dos perseguidos, dos moribundos, dos doentes terminais, dos oprimidos sob o jugo.
Mas, em Jesus, é visível também sua força: «Embora [Deus] aflija, tem compaixão» (Lam 3, 32). Indica-nos que, na aflição, há sempre a sua consolação, um “mais além” a vislumbrar na esperança. Como se faz na poda das árvores, com igual sabedoria procede o Pai Celeste precisamente com os ramos que produzem fruto (cf. Jo 15, 8). Nunca o faz pela amputação em si, mas sempre em prol de um reflorescimento. Como uma mãe, quando chega a sua hora: está aflita, geme, sofre no parto. Mas sabe que são as dores de parto duma vida nova, da primavera em flor, precisamente como na referida poda.
A contemplação de Jesus, caído mas capaz de levantar-Se, nos ajude a saber vencer os isolamentos que o medo do amanhã imprime no nosso coração, sobretudo neste tempo de crise. Superemos a má nostalgia do passado, a comodidade do imobilismo, do «sempre se fez assim»! Aquele Jesus que cambaleia e cai, mas depois Se levanta, é a certeza duma esperança, que, nutrida pela oração intensa, nasce precisamente dentro da provação e não depois da provação nem sem a provação. Seremos mais do que vencedores, graças ao seu amor.

ORAÇÃO

Senhor Jesus,  erguei, Vo-lo pedimos, do pó o miserável,  levantai os pobres da miséria, fazei-os sentar com os chefes do povo  e atribuí-lhes um trono de glória.  Quebrai o arco dos fortes e revesti de vigor os fracos,  porque só Vós nos fazeis ricos precisamente com a vossa pobreza. Amen.
(cf. 1 Sam 2, 4-8; 2 Cor 8, 9).
Pai Nosso.

X ESTAÇÃO - Jesus é despojado das vestes

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho de São João 19, 23-24
«Os soldados, depois de terem crucificado Jesus, pegaram na roupa d’Ele e fizeram quatro partes, uma para cada soldado, excepto a túnica. A túnica, toda tecida de uma só peça de alto a baixo, não tinha costuras. Então os soldados disseram uns aos outros: “Não a rasguemos; tiremo-la à sorte, para ver a quem tocará”. Assim se cumpriu a Escritura que diz: Repartiram entre eles as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes”. E foi isto o que fizeram os soldados».
Nem sequer um pedaço de pano deixaram a cobrir o corpo de Jesus. Desnudaram-No. Não tinha manto nem túnica, não tinha veste alguma. Desnudaram-No como acto de extrema humilhação. Só o cobria o sangue, que borbotava das suas inúmeras feridas.
A túnica fica intacta: símbolo da unidade da Igreja, uma unidade que se deve reencontrar num caminho paciente, numa paz artesanal, construída cada dia, num tecido composto com os fios de ouro da fraternidade, na reconciliação e no perdão recíproco.
Em Jesus inocente, desnudado e torturado, reconhecemos a dignidade violada de todos os inocentes, especialmente dos humildes. Deus não impediu que o seu corpo, nu, fosse exposto na cruz. Fê-lo para resgatar todo o abuso, injustamente coberto, e demonstrar que Ele, Deus, está irrevogavelmente e sem meios termos da parte das vítimas.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, queremos voltar a ser inocentes como crianças,  para podermos entrar no reino dos céus,  purificados das nossas imundícies e dos nossos ídolos.
Tirai do nosso peito o coração de pedra das divisões,  que tornam pouco credível a vossa Igreja.  Dai-nos um coração novo e um espírito novo,  para vivermos segundo os vossos preceitos e observarmos e pormos em prática as vossas leis. Amen.
Pai Nosso 
Musica

XI ESTAÇÃO - Jesus é pregado na Cruz

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho segundo São Marcos 15, 24-28
«Depois, crucificaram-No e repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um. Eram umas nove horas da manhã, quando O crucificaram. Na inscrição com a condenação, lia-se: “O rei dos judeus”. Com Ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e o outro à sua esquerda. Deste modo, cumpriu-se a passagem da Escritura que diz: Foi contado entre os malfeitores».
E crucificaram-No! A punição dos infames, dos traidores, dos escravos rebeldes. Esta é a condenação reservada a Jesus, Senhor nosso: cravos ásperos, dores pungentes, a angústia da mãe, a vergonha de ser agregado a dois bandidos, as vestes divididas como despojo entre os soldados, as zombarias cruéis dos transeuntes: «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo (...), desça da cruz e acreditaremos n’Ele» (Mt 27, 42).
E crucificaram-No! Jesus não desce, não abandona a cruz. Permanece, profundamente obediente à vontade do Pai. Ama e perdoa.
Também hoje, como Jesus, muitos dos nossos irmãos e irmãs estão cravados num leito de sofrimento, nos hospitais, nos lares de terceira idade, nas nossas famílias. É o tempo da provação, com dias amargos de solidão e mesmo de desespero: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mt 27, 46).
A nossa mão nunca se levante para trespassar, mas sempre para aproximar, consolar e acompanhar os doentes, levantando-os do seu leito de sofrimento. A doença não pede licença. Chega sempre inesperada. Às vezes transtorna, limita os horizontes, põe a dura prova a esperança. Amargo é o seu fel. Só se encontrarmos junto de nós alguém que nos ouça, esteja ao nosso lado, se sente no nosso leito..., só então a doença pode tornar-se uma grande escola de sabedoria, encontro com o Deus Paciente. Quando alguém toma sobre si as nossas enfermidades, por amor, a própria noite do sofrimento abre-se à luz pascal de Cristo crucificado e ressuscitado. E aquilo que humanamente é uma condenação, pode transformar-se numa oblação redentora, para bem das nossas comunidade e famílias. A exemplo dos Santos.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, não estejais longe de mim,  sentai-Vos no meu leito de sofrimento e fazei-me companhia.  Não me deixeis sozinho, estendei a vossa mão e erguei-me.
Eu creio que Vós sois o Amor,  e creio que a vossa vontade é a expressão do vosso Amor;  por isso me entrego à vossa vontade,  pois confio no vosso Amor. Amen.
Pai Nosso

XII ESTAÇÃO - Jesus morre na Cruz

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho segundo São João 19, 28-30
«Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: “Tenho sede!” Havia ali uma vasilha cheia de vinagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-Lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito».
As sete palavras de Jesus na cruz são uma obra-prima de esperança. Jesus, lentamente, com passos que também são os nossos, atravessa toda a escuridão da noite, para Se abandonar, confiadamente, nos braços do Pai. É o gemido dos moribundos, o grito dos desesperados, a prece dos falidos. É Jesus!
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mt 27, 46). É o grito de Job, de todo o homem atingido pela desventura. E Deus cala-Se. Cala-Se, porque a sua resposta está ali, na cruz: é Ele, Jesus, a resposta de Deus, Palavra eterna encarnada por amor.
«Lembra-Te de mim...» (Lc 23, 42). A prece fraterna do malfeitor, feito companheiro de dor, penetra no coração de Jesus, que nela sente o eco da sua própria dor. E Jesus ouve aquela súplica: «Hoje estarás comigo no Paraíso». Sempre redime a dor do outro, porque faz-nos sair de nós mesmos.
«Mulher, eis aí o teu filho!» (Jo 19, 26). Trata-se de sua Mãe, Maria, que se encontrava, juntamente com João, ao pé da cruz para afastar o pavor. Enche-o de ternura e de esperança. Jesus já não Se sente sozinho. Como sucede connosco, quando, junto ao leito do sofrimento, temos quem nos ame! Fielmente. Até ao fim.
«Tenho sede» (Jo 19, 28). Como a criança pede de beber à mãe; como faz o doente ardendo de febre... A de Jesus é a sede de todos os sedentos de vida, de liberdade, de justiça. E é a sede do maior sedento – Deus –, o Qual, infinitamente mais do que nós, tem sede da nossa salvação.
«Está consumado!» (Jo 19, 30). Tudo: cada palavra, cada gesto, cada profecia, cada instante da vida de Jesus. A tapeçaria está completa. As mil e uma cores do amor agora reluzem de beleza. Nada se perdeu. Nada foi desperdiçado. Tudo se tornou amor. Tudo consumado para mim e para ti! E, então, o próprio morrer tem um sentido.
«Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). Agora, heroicamente, Jesus sai do pavor da morte. Porque, se vivemos no amor gratuito, tudo é vida. O perdão renova, cura, transforma e consola! Cria um povo novo. Põe fim às guerras.
«Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23, 46). Já não há o desespero do nada. Mas confiança plena nas suas mãos de Pai, reclinando-Se no seu coração. Porque, em Deus, cada fracção se compõe, finalmente, em unidade!

ORAÇÃO

Ó Deus, que, na paixão de Cristo nosso Senhor, nos libertastes da morte, legado do antigo pecado,  transmitido a todo o género humano,  renovai-nos à imagem do vosso Filho;  e, assim como levamos em nós, pelo nosso nascimento,  a imagem do homem terrestre,  assim também, pela acção do vosso Espírito,  fazei que levemos a imagem do homem celeste.  Por Cristo nosso Senhor. Amen.
Pai Nosso

XIII ESTAÇÃO - Jesus é descido da Cruz e entregue a sua Mãe

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho segundo São João 19, 26-27a
«Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois, disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!”».
Senhor Jesus, aqueles que Vos amam permanecem ao vosso lado e conservam a fé. Na hora da agonia e da morte, quando o mundo pensa que o mal triunfa e que a voz da verdade e do amor, da justiça e da paz é silenciada, a fé deles não desfalece.
Rezamos pelas vítimas da violência e das guerras que devastam, neste nosso tempo,
vários países do Médio Oriente e também outras partes do mundo. Rezamos para que os desalojados e os emigrantes forçados possam voltar o mais rápido possível às suas casas e às suas terras.
ofereceis ao Pai, em sinal de oferenda sacerdotal, a vítima redentora do vosso Filho Jesus.Revelai-nos a doçura daquele último fiel abraço
e dai-nos a vossa consolação materna,para que o sofrimento do dia a dia
nunca interrompa a esperança da vida para além da morte. Amen.
Pai Nosso

XIV ESTAÇÃO - Jesus é depositado no sepulcro

V. Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus
R. Que pela Tua santa cruz remiste o mundo

Do Evangelho segundo São João 19, 41-42
«No sítio em que Ele tinha sido crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. (…) Foi ali que puseram Jesus».
Aquele jardim no qual se encontra o túmulo onde Jesus é sepultado, lembra outro jardim: o do Éden. Um jardim que, por causa da desobediência, perdeu a sua beleza e tornou-se uma desolação, lugar de morte e já não de vida.
Os ramos selvagens que nos impedem de respirar a vontade de Deus, como o apego ao dinheiro, à soberba, ao desperdício da vida, devem ser cortados e enxertados agora no madeiro da Cruz. É este o novo jardim: a cruz plantada na terra!
Agora, de lá de cima, Jesus poderá voltar a trazer tudo à vida. Uma vez regressado dos abismos infernais, onde Satanás encerrou um grande número de almas, terá início a renovação de todas as coisas. Aquele sepulcro representa o fim do homem velho. E também para nós, como fez para Jesus, Deus não permitiu que os seus filhos fossem castigados pela morte definitiva.
Na morte de Cristo, ruíram todos os tronos do mal, fundados sobre a ganância e a dureza do coração. A morte desarma-nos, faz-nos compreender que estamos sujeitos a uma existência terrena que tem um termo. Mas é diante daquele corpo de Jesus, depositado no sepulcro, que tomamos consciência de quem somos: criaturas que, para não morrer, precisam do seu Criador.
O silêncio que envolve aquele jardim permite-nos ouvir o sussurro de uma brisa suave: «Eu sou o Vivente, e estou convosco» (cf. Ex 3, 14). O véu do templo rasgou-se. Finalmente vemos o rosto de nosso Senhor. E conhecemos em plenitude o seu nome: misericórdia e fidelidade, para nunca mais ficarmos confundidos, nem mesmo diante da morte, porque o Filho de Deus caminha livre no meio dos mortos (cf. Sal 88, 6 Vulg.).

ORAÇÃO

Protegei-me, ó Deus! Em Vós me refugio.  Vós sois a minha parte de herança e o meu cálice,  nas vossas mãos está a minha vida. Tenho-Vos sempre diante dos olhos, como meu Senhor,  estais à minha direita, não poderei vacilar.  Por isso, se alegra o meu coração e exulta a minha alma,  e também o meu corpo repousa em segurança.
Não abandoneis a minha vida na morada dos mortos nem deixeis que o vosso servo conheça a sepultura. Mostrar-me-eis o caminho da vida, alegria plena na vossa presença, doçura sem fim à vossa direita. Amen.
(cf. Salmo 15).
Pai Nosso
Musica

Preparada pela Ir. Ma. Mendes, SSpS
Fonte: Vatican News





quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Constante Apostolado através de Maria...

O Papa São João Paulo II sempre quis deixar patente diante de todos sua devoção a Nossa Senhora. Essa devoção era uma forma de ele caminhar na santificação, sem dúvida, mas os efeitos dela tinham como corolário fazer apostolado, atrair mais almas para Cristo. Ele sabia que os exemplos influenciam, entusiasmam e arrastam.
São João Paulo II encontrou no exercício dessa devoção um modo de, ao mesmo tempo, mostrar seu apreço pela Virgem Maria e praticar uma catequese mariana, alcançando assim um número maior de almas que pudessem abrir seus corações para Jesus Cristo.
Todos sabiam que, depois de Papa, como já fazia na Polônia- nunca deixou de praticar a popular devoção dos primeiros sábados, conforme o pedido de Nossa Senhora aos pastorezinhos de Fátima.
Ele quis também demonstrar sua devoção a Nossa Senhora quando atribuiu à intercessão de Maria o fato de ter sobrevivido ao atentado que sofreu na Praça de São Pedro, em 13 de maio de 1981, uma data especialmente associada às aparições da Virgem em Fátima.
A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Deste modo, a nossa missão será fecunda, porque está modelada pela maternidade de Maria. A Ela confiamos o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz; e invocamo-La todos juntos.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

Constante Apostolado através de Maria...

O Papa São João Paulo II sempre quis deixar patente diante de todos sua devoção a Nossa Senhora. Essa devoção era uma forma de ele caminhar na santificação, sem dúvida, mas os efeitos dela tinham como corolário fazer apostolado, atrair mais almas para Cristo. Ele sabia que os exemplos influenciam, entusiasmam e arrastam.
São João Paulo II encontrou no exercício dessa devoção um modo de, ao mesmo tempo, mostrar seu apreço pela Virgem Maria e praticar uma catequese mariana, alcançando assim um número maior de almas que pudessem abrir seus corações para Jesus Cristo.
Todos sabiam que, depois de Papa, como já fazia na Polônia- nunca deixou de praticar a popular devoção dos primeiros sábados, conforme o pedido de Nossa Senhora aos pastorezinhos de Fátima.
Ele quis também demonstrar sua devoção a Nossa Senhora quando atribuiu à intercessão de Maria o fato de ter sobrevivido ao atentado que sofreu na Praça de São Pedro, em 13 de maio de 1981, uma data especialmente associada às aparições da Virgem em Fátima.
A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Deste modo, a nossa missão será fecunda, porque está modelada pela maternidade de Maria. A Ela confiamos o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz; e invocamo-La todos juntos.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós


A IMAGEM PEREGRINA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA VISITOU ODIVELAS A 2 DE FEVEREIRO


COMENTÁRIO
Querida Mãe, Nossa Senhora do Rosário de Fátima!
Nós te saudamos neste dia feliz em que entras na nossa terra, onde sempre tens sido venerada e amada como Mãe de Deus e Mãe dos Homens. O teu olhar manso e humilde seduz-nos, as tuas mãos orantes convidam-nos ao louvor e gratidão ao Senhor que te escolheu e te chamou para seres discípula e mãe de Jesus Cristo, os teus pés apontam-nos a caminhada da estrela da evangelização, que contigo estamos dispostos a fazer neste mundo que tu amas e queres ver salvo por teu Filho.
Nossa Senhora Mãe querida, ao encontro desta porção do Povo de Deus, que habita, trabalha e crê, com sofrimentos e dores, mas a cima de tudo com as mesmas alegrias e esperanças, que de vós continuamente recebe.
Maria nossa Senhora Peregrina vem visitar-nos! E ninguém como Maria nos pode dar tão belo testemunho de amor e de entrega à vontade do Pai e ao seguimento do Filho Jesus. Falar de Maria é falar de alguém que experimentou e nos ajuda a experimentar o verdadeiro amor do Pai revelado em Cristo Jesus. Sempre presente mas sempre discreta, Maria revelasse também como missionária do amor apontando-a no  caminho do seguimento de Jesus. Este é o testemunho que Maria nos quer deixar em nossos corações. Escutemo-la e rezemos com ela.

1ª MEDITAÇÃO! Lc 1,39-45

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.  
Com um grande grito exclamou: "Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu."

O evangelho de Lucas nos apresenta Maria como exemplo de seguimento fiel a Jesus, como modelo de mulher forjada e transformada pela força da palavra de Deus.
Após a concepção pelo Espírito Santo, Maria, na sua atitude disponível a Deus e às necessidades do próximo, sobe a Ain Karim, na região montanhosa de Nazaré, para visitar e ajudar sua prima Isabel, mulher idosa que também concebera, mesmo sendo estéril (Lc 1,36).
Quando Maria saudou Isabel, João Batista, o filho dela e de Zacarias, "se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo" (Lc 1,41) e reconheceu Maria como "bendita entre as mulheres", "bendito o fruto do seu ventre", e como" mãe" do seu Senhor (Lc 1,42-43).
O Papa Francisco afirmou “A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com o seu exemplo de humildade e disponibilidade à vontade de Deus, ajuda-nos a traduzir a nossa fé num anúncio, jubiloso e sem fronteiras, do Evangelho”.Por fim, convidou os fiéis a confiarem à Maria “o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz”.
É a atitude espontânea e sincera dos filhos, que conhecem bem a sua Mãe, porque A amam com imensa ternura”. O Santo Padre afirmou ainda que Maria está presente “desde sempre” no coração, na devoção e no caminho de fé do povo cristão. “O nosso itinerário de fé é igual ao de Maria; por isso, a sentimos particularmente próxima de nós!”,
Pela intercessão Nossa Senhora de Fátima, para que saibamos orar e pedir que se faça a vontade de Deus e não a nossa.

3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

2ª MEDITAÇÃO  Lc 2, 16-19

Naquele tempo,os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração.(PAUSA…)
Somos convidados a olhar a figura de Maria, aquela que, com o seu sim ao projecto de Deus, nos ofereceu a figura de Jesus, o nosso libertador.
"Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração".
 Silêncio que acolhe, guarda e medita. Maria também nos desafia pelo Seu silêncio da oração e da adoração. É a primeira a admirar Jesus, a pegar-lhe ao colo, a olhar para o seu rosto e medita-lo.
 Os pastores dão-nos uma lição importante: ir ao encontro de Jesus e colocar-nos por inteiro diante d'Ele, com o que somos, com as nossas dúvidas e incertezas, com os nossos sonhos e projetos. Levamos-lhe o nosso dia-a-dia.
Francisco explicou que os votos contidos nesta benção realizaram-se de forma plena em Maria, enquanto destinada a tornar-se a Mãe de Deus e “realizaram-se n’Ela antes de qualquer outra criatura”.
“Mãe de Deus! Este é o título principal e essencial de Nossa Senhora. Trata-se duma qualidade, duma função que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre Lhe reconheceu.”
Mãe peregrina, queremos, hoje, de novo, suplicar auxílio e proteção para este povo, disponibilidade para acolher  Evangelho, amor para com a Igreja, desejo de rezar e trabalhar pelas vocações à vida familiar, consagrada e sacerdotal, ânimo para a evangelização profunda deste campo imenso que nos foi confiado, abertura ao Espírito Santo que nos santifica.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

3ª MIDITEÇÃO !
Maria é uma mulher de fé, uma verdadeira crente. Como foi a fé de Maria?” O Papa Francisco apresentou três elementos fundamentais da fé da Mãe de Jesus:
“O primeiro elemento da sua fé é este: a fé de Maria desata o nó do pecado. O que significa isto? Os Padres conciliares retomaram uma expressão de Santo Ireneu, que diz: «O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; aquilo que a virgem Eva atara com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua fé”
O Santo Padre deixou claro que quando não escutamos a Deus, não seguimos a Sua vontade e realizamos ações concretas em que demonstramos falta de confiança n’Ele – isto é o pecado –, forma-se uma espécie de nó dentro de nós. Estes nós tiram-nos a paz e a serenidade. São perigosos, porque de vários nós pode resultar um emaranhado, que se vai tornando cada vez mais penoso e difícil de desatar.
“Maria com o seu «sim», abriu a porta a Deus para desatar o nó da desobediência antiga, é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma com a sua misericórdia de Pai.”
De seguida o Papa Francisco apresentou o segundo elemento da fé de Maria:
“Segundo elemento: a fé de Maria dá carne humana a Jesus. Diz o Concílio: «Acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai”
“É como se Deus tomasse carne em nós: Ele vem habitar em nós, porque faz morada naqueles que O amam e observam a sua palavra.”
E avançou com o terceiro e último elemento da fé de Maria:
“O último elemento é a fé de Maria como caminho: o Concílio afirma que Maria «avançou pelo caminho da fé». Por isso, Ela nos precede neste caminho, nos acompanha e sustenta.”.
Peçamos ao Senhor que nos conceda a sua graça, a sua força, a fim de que na nossa vida e na vida de cada comunidade eclesial reflicta-se o modelo de Maria, Mãe da Igreja.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

4ª MEDITAÇÃO!  O Magnificat da Maria (Lc 1, 46-56)
"A minha alma glorifica ao Senhor E meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
Porque olhou para a sua pobre serva…”

O Papa Francisco acrescentou-nos “a fé é o coração de toda a história de Maria; ela sabe – e o disse – que na história pesa a violência dos prepotentes, o orgulho dos ricos, a arrogância dos soberbos. Todavia, Maria acredita e proclama que Deus não deixa sozinhos os seus filhos, humildes e pobres, mas socorre-os com misericórdia  e solicitude, derrubando os poderosos dos seus tronos, dispersa os orgulhosos nas tramas de seus corações. E esta, recordou o Santo Padre, é a fé da nossa Mãe Maria.
O Magnificat permite-nos também intuir o sentido do evento realizado na vida de Maria: se a misericórdia do Senhor é o motor da história, então não poderia conhecer a corrupção do sepulcro daquela que gerou o Senhor da vida. Tudo isso não diz respeito somente a Maria. As grandes coisas realizadas nela pelo Omnipotente tocam-nos profundamente, falam-nos da nossa viagem na vida, recorda-nos a meta que nos espera: a casa do Pai.
Como é tão bonito pensar isso: nós temos um Pai que nos espera com amor. E também a nossa Mãe Maria está lá nos céus e espera por nós com tanto amor.
No entanto, enquanto transcorre a vida, Deus faz resplandecer para o seu povo, peregrino na terra, um sinal de consolação e de esperança segura. Aquele sinal tem um rosto e um nome: o rosto luminoso da Mãe do Senhor, o nome bendito de Maria, a cheia de graça, bem-aventurada porque acreditou na palavra do Senhor. Como membros da Igreja, somos destinados a partilhar da glória da nossa Mãe, porque, graças a Deus, também nós acreditamos no sacrifício de Cristo na Cruz e através do baptismo, somos inseridos em tal mistério de salvação”.
Finalmente, o Papa Francisco pediu à todos para que rezarem juntos a nossa Mãe de Deus, para que enquanto se desenvolve o nosso caminho nesta terra, ela nos dirija o seu olhar misericordioso, ilumine o nosso caminho, nos indique a meta, e nos mostre depois do nosso exílio terrestre Jesus, o fruto bendito do seu ventre.  Rezemos todos juntos: Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria

3x Ave Maria…..Gloria

Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

 5ª  MEDITAÇÃO!  Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia

Na  abertura do Ano Santo da Misericórdia diz o Papa Francisco “a Virgem Maria é convidada a alegrar-Se com aquilo que o Senhor realizou n’Ela. A graça de Deus envolveu-A, tornando-A digna de ser mãe de Cristo. Quando Gabriel entra na sua casa, até o mistério mais profundo, que ultrapassa toda e qualquer capacidade da razão, se torna para Ela motivo de alegria, de fé e de abandono à palavra que Lhe é revelada. A plenitude da graça é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que muda a história da humanidade.
A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva.
A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai. Sobre isto, não deixa qualquer dúvida a palavra de Deus que ouvimos. Diante de nós, temos a Virgem Imaculada como testemunha privilegiada desta promessa e do seu cumprimento. Também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça. Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que busca, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia.

Que a tua passagem pela nossa  terra de Odivelas, seja incentivo para construirmos a comunhão desejada entre nós e com Deus Santíssima Trindade.
Trazemos ao teu regaço os que foram tocados pela fé e procuram vivê-la na fidelidade e no amor, os que aceitaram o convite para pertencer à comunidade cristã e dia após dia aceitam a palavra do Evangelho como tu a acolheste, no silêncio do coração e no dinamismo do quotidiano; trazemos também ao teu abraço, apertado, mas inclusivo, todos os que ainda não entraram decididamente na família dos filhos de Deus, mas já se dispõem a fazer caminho um sério caminho de procura do rosto de Deus no meio de dúvidas e incertezas; trazemos ainda ao encontro do teu coração imaculado todos os que não têm as necessárias forças para iniciar o percurso que os conduzirá às fontes da salvação; apresentamos-te os justos e os pecadores, as felizes e os que carregam o peso de uma cruz demasiado pesada, os que conhecem a força poderosa do amor e os que somente experimentam a solidão, a indiferença ou mesmo o ódio dos seus semelhantes.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

6ª MEDITAÇÃO!
Maria e Vida Consagrada!
Ma­ria, mãe de Je­sus e nossa, nos ajuda neste ca­mi­nho. Exem­plo de mu­lher, mãe, es­posa e con­sa­grada, tem muito a nos en­si­nar, so­bre­tudo a pe­dido do Papa Fran­cisco, o Ano da Vida Con­sa­grada que estamos a encerrar..
Re­fle­tindo so­bre os ob­je­ti­vos a se­rem al­can­ça­dos neste ano con­forme a Carta Apos­tó­lica do Papa Fran­cisco às pes­soas con­sa­gra­das para pro­cla­ma­ção do Ano da Vida Con­sa­grada.
Olhar com gra­ti­dão o pas­sado, tudo aquilo que Deus já re­a­li­zou em nossa his­tó­ria de vida, as inú­me­ras ve­zes que nos so­cor­reu com Seu amor e Sua mi­se­ri­cór­dia, jun­ta­mente com a Vir­gem Ma­ria fa­zer deste ano uma “oca­sião para gri­tar ao mundo com força e tes­te­mu­nhar com ale­gria a san­ti­dade e a vi­ta­li­dade pre­sente na mai­o­ria da­que­les que fo­ram cha­ma­dos a se­guir Cristo na vida con­sa­grada” .
Vi­ver com pai­xão o pre­sente, aco­lher a nossa re­a­li­dade e fa­zer da nossa vida um grande si­nal da ale­gria de ter sido al­can­çado pela força da Res­sur­rei­ção de Cristo, lou­var a Deus por tudo que per­tence ao nosso HOJE, pois só te­mos esse dia para dar sa­bor à nossa existência.Aqui se es­conde um grande se­gredo para ter uma vida cheia de sen­tido. Papa Fran­cisco ainda nos diz “Isso é exi­gente e pede para ser vi­vido com ra­di­ca­lismo e sin­ce­ri­dade”.
Abra­çar com es­pe­rança o fu­turo, cheios de fé para en­fren­tar as di­ver­sas di­fi­cul­da­des deste tempo, sa­be­mos em Quem pu­se­mos a nossa con­fi­ança (cf. Tm 1,12), que para Deus nada é impossível. Sigamos uni­dos à Es­posa do Es­pí­rito Santo que soube obe­de­cer e abandonar-se in­tei­ra­mente nas mãos da Pro­vi­dên­cia Divina.
Mãe querida, acreditamos que nenhum daqueles por quem Jesus, teu Filho, entregou o seu corpo e derramou o seu sangue no sacrifício da cruz, é indiferente ao coração da Mãe. Como Ele nos ensinou, são os doentes que precisam de médico, os perdidos que precisam de ser encontrados, os pecadores que precisam de perdão; como Ele usou de misericórdia para com esses, entre os quais todos nos encontramos, sentimos que vens ao nosso encontro como Mãe cheia de graça e de misericórdia.
Que o Papa Francisco, os senhores bispos, os consagrados e consagradas sejam testemunhas apaixonadas da alegria do Evangelho, profetas e semeadores de esperança! Que a Virgem Mãe, Senhora e Rainha dos consagrados, acompanhe e guarde no caminho de consagração.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

7ª. Meditação
Constante Apostolado através de Maria...
O Papa São João Paulo II sempre quis deixar patente diante de todos sua devoção a Nossa Senhora. Essa devoção era uma forma de ele caminhar na santificação, sem dúvida, mas os efeitos dela tinham como corolário fazer apostolado, atrair mais almas para Cristo. Ele sabia que os exemplos influenciam, entusiasmam e arrastam.
São João Paulo II encontrou no exercício dessa devoção um modo de, ao mesmo tempo, mostrar seu apreço pela Virgem Maria e praticar uma catequese mariana, alcançando assim um número maior de almas que pudessem abrir seus corações para Jesus Cristo.
Todos sabiam que, depois de Papa, como já fazia na Polônia- nunca deixou de praticar a popular devoção dos primeiros sábados, conforme o pedido de Nossa Senhora aos pastorezinhos de Fátima.
Ele quis também demonstrar sua devoção a Nossa Senhora quando atribuiu à intercessão de Maria o fato de ter sobrevivido ao atentado que sofreu na Praça de São Pedro, em 13 de maio de 1981, uma data especialmente associada às aparições da Virgem em Fátima.
A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Deste modo, a nossa missão será fecunda, porque está modelada pela maternidade de Maria. A Ela confiamos o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz; e invocamo-La todos juntos.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

8ª MEDITAÇÃO! Entregamo-nos a Maria
Fazemos  eco de uma exortação do Papa Francisco: “Não nos cansemos de aprender de Maria, de admirar e contemplar a sua beleza, de deixar que ela nos conduza sempre à fonte originária e à plenitude da infinita beleza, a de Deus, que nos foi revelada em Cristo, Filho do Pai e Filho de Maria”.
Que a fé de Maria nos preceda e acompanhe como farol luminoso e como modelo de maturidade cristã! Que ela nos ajude a viver sempre com maior entusiasmo, coragem e coerência a nossa fé cristã, a nossa vocação de filhos de Deus e membros vivos da Igreja, a nossa missão de construtores da fraternidade, da justiça e da paz.
Peçamos a Maria que nos obtenha a força invencível,  por todas as pessoas que carregam em sua vida uma coroa de falta de alimentos, moradia, saúde, educação, de ausência de oportunidades e realização pessoal e social. Nossa Senhora Peregrina, queremos pedir a tua especial consolação e misericórdia para os membros mais pobres da nossa comunidade paroquial, para os que não têm família nem paz nem amor, para os que não têm trabalho, para os migrantes, para os idosos, para as crianças e para os doentes.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós

3 Ave Marias e Salve Rainha
Salve-Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve. A vós bradamos os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amen.
AS PRECES!
Cada prece com uma Ave Maria no fim
1.Deus nosso Pai, que nos enviou o Seu Filho feito homem no seio de Maria, peçamos ao Senhor que escute as nossas preces e nos atenda por intercessão de sua Mãe, dizendo confiadamente: Ave Maria

2. Para que todos nós sejamos sempre e cada vez mais amigos de Jesus e amigos
uns dos outros, sejamos fieis a nossa vocação e a nossa missão.
Oremos com a ajuda de Maria.  Ave Maria…

3. Para que a Igreja seja sempre presença de Jesus Cristo no mundo e o anuncie fielmente a Boa Nova, oremos com a ajuda de Maria. Ave Maria…

4.  Por todos aqueles que sofrem algum tipo de injustiça, para que encontrem em Jesus Cristo a esperança e a força para o seu caminho, oremos com a ajuda de Maria. Ave Maria…

5. Pelos jovens do mundo inteiro, para que vejam em Jesus Cristo uma proposta de amor e de sentido para as suas vidas, oremos com a ajuda de Maria. Ave Maria…

6. Por todos nós aqui reunidos e pela nossa vigararia de Loures, pela nossa comunidade paroquial de Odivelas, para que sejamos verdadeiros  discípulos de Jesus Cristo, reconhecendo as maravilhas que Ele opera em nós, oremos com a ajuda de Maria. Ave Maria…

7.Senhor nosso Deus, acolhei a oração do vosso povo que se alegra com a  visita da Virgem Maria: dai à Igreja a graça de imitar a Rainha do Céu que deu ao mundo o vosso Filho, e de entrar um dia na vossa glória onde ela já se encontra. Ave Maria…

8. «Rezemos pelos governantes, para que nos  governem bem. Para que levem a nossa pátria, a nossa nação para a frente, e também o mundo; e que haja paz e bem comum. Que Nossa Senhora Mãe de Deus e nossa mãe, nos ajude a participar melhor na vida comum de um povo: quantos governam, com o serviço da humildade e com o amor; os governados, com a participação, e sobretudo com a oração». Ave Maria…
Oração por Portugal 
Senhor Pai santo, confiamos o nosso Portugal à vossa misericórdia e protecção. Vós sois a rocha sobre a qual a nossa nação se fundou. Só Vós sois a fonte da verdade e do amor. Reclamai esta terra para a vossa glória e habitai no meio do vosso povo. Enviai o vosso Espírito e tocai os corações dos líderes da nossa nação. Abri os seus corações ao grande valor da vida humana e às responsabilidades que acompanham a liberdade humana. Relembrai o vosso povo que a verdadeira felicidade está enraizada na procura e no cumprimento da vossa vontade. Por intercessão de Maria Imaculada, Padroeira da nossa terra, concedei-nos a coragem de levar o Evangelho do vosso Filho Jesus a todos aqueles com quem convivemos e de o testemunhar com uma vida santa. Por Cristo Nosso Senhor. Ámen.
Consagração a Nossa Senhora
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste dia, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser. E, porque assim sou Vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa. Lembrai-vos de que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa!
Ah! Guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa!

Odivelas, 29.01.2016
Ir. Maria Mendes, SSpS
Missionárias Servas do Espírito Santo





domingo, 7 de junho de 2015

Festa Santíssima Corpo e Sangue de Cristo

Somos a multidão que Jesus alimenta hoje com o Seu Pão. Também nós procuramos segui-l´O para O ouvir, entrar em comunhão com Ele e acompanhá-l´O para que Ele também nos acompanhe. (cf. Papa Francisco, homilia na Solenidade do Corpo de Deus 2013)

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015