segunda-feira, 21 de julho de 2008

PAPA ESPERA QUE JMJ SEJA NOVO PENTECOSTES

Pede que os jovens abram o coração ao Espírito Santo

SYDNEY, domingo, 20 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI espera que a Jornada Mundial da Juventude de Sydney concretize-se como um novo Pentecostes, uma vinda do Espírito Santo sobre os jovens, para que eles anunciem ao mundo Cristo ressuscitado, segundo o próprio pontífice confessou na missa de encerramento do evento.
À homilia dirigida aos 400 mil peregrinos, dedicada a falar do poder do Espírito, seguiu a confirmação de 24 jovens realizada pelo Papa, sendo doze de cada estado australiano e outros doze do restante do mundo.

O pontífice pôde se dar conta da quantidade de pessoas reunidas no hipódromo de Randwick, onde tinham passado a noite ao ar livre 225 mil jovens, ao sobrevoar de helicóptero a explanada antes da celebração eucarística.

Sob o sol de inverno austral, o bispo de Roma desejou: “Que o fogo do amor de Deus desça sobre os vossos corações e os encha, a fim de vos unir cada vez mais ao Senhor e à sua Igreja e enviar-vos, como nova geração de apóstolos, para levar o mundo a Cristo”.

O Santo Padre explicou aos rapazes e moças o que é o poder do Espírito Santo: “É o poder da vida de Deus. É o poder do mesmo Espírito que pairou sobre as águas na alvorada da criação e que, na plenitude dos tempos, levantou Jesus da morte. É o poder que nos conduz, a nós e ao nosso mundo, para a vinda do Reino de Deus”.

O bispo de Roma declarou que com o Evangelho de Jesus começou uma nova era, “na qual o Espírito Santo será derramado sobre a humanidade inteira”.
“Nesta grande assembleia de jovens cristãos vindos de todo o mundo, tivemos uma experiência concreta da presença e da força do Espírito na vida da Igreja”, constatou.
“Vimos a Igreja na profunda verdade do seu ser: Corpo de Cristo, comunidade viva de amor, que engloba pessoas de toda a raça, nação e língua, de todos os tempos e lugares, na unidade que brota da nossa fé no Senhor ressuscitado.”

No entanto, esclareceu, “esta força, a graça do Espírito, não é algo que possamos merecer ou conquistar; podemos apenas recebê-la como puro dom”.
“O amor de Deus pode propagar a sua força, somente quando lhe permitimos que nos mude a partir de dentro. Temos de O deixar penetrar na crosta dura da nossa indiferença, do nosso cansaço espiritual, do nosso cego conformismo com o espírito deste nosso tempo.”
“Só então nos será possível consentir-Lhe que acenda a nossa imaginação e plasme os nossos desejos mais profundos.”

Por isso, assegurou, “é tão importante a oração: a oração diária, a oração privada no recolhimento dos nossos corações e diante do Santíssimo Sacramento e a oração litúrgica no coração da Igreja”.

O Papa assegurou que o mundo e a Igreja têm necessidade desta renovação, pois “Em muitas das nossas sociedades, ao lado da prosperidade material vai crescendo o deserto espiritual: um vazio interior, um medo indefinível, uma oculta sensação de desespero”.
“Este é o dom grande e libertador que o Evangelho traz consigo: revela a nossa dignidade de mulheres e homens criados à imagem e semelhança de Deus; revela a sublime vocação da humanidade, que é a de encontrar a própria plenitude no amor; desvenda a verdade sobre o homem, a verdade sobre a vida.”

Mas “também a Igreja tem necessidade desta renovação”, reconheceu. ”Precisa da vossa fé, do vosso idealismo e da vossa generosidade, para poder ser sempre jovem no Espírito”.
“Abri o vosso coração a esta força. Dirijo este apelo de forma especial àqueles que o Senhor chama à vida sacerdotal e consagrada. Não tenhais medo de dizer o vosso «sim» a Jesus, de encontrar a vossa alegria na realização da sua vontade, entregando-vos completamente para chegardes à santidade e pondo os vossos talentos a render para o serviço dos outros.”

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