Testemunhos dos que o ouviram
Por Anthony Barich
Por Anthony Barich
SYDNEY, sábado, 19 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Os que foram testemunhas do pedido de perdão de Bento XVI às vítimas de abusos sexuais cometidos por sacerdotes não ocultaram sua comoção.
Ao celebrar a Eucaristia, na manhã de hoje, na catedral de Santa Maria, o Papa disse: «Eu estou realmente muito triste pela dor e pelo sofrimento suportados pelas vítimas e lhes asseguro que, como seu Pastor, compartilho o seu sofrimento».
E acrescentou: «Esses delitos, que constituem uma grave traição à confiança, devem ser condenados de forma inequívoca. Eles provocaram uma grande dor e afetaram o testemunho da Igreja» (cf. Zenit, 19 de julho de 2008).
Lorena Portocarrero, de 25 anos, leiga consagrada que esteve na 5ª fila na catedral de Santa Maria quando o Papa pronunciou estas palavras, garantiu à Zenit que não resta a menor dúvida de que ele realmente se sentia mortificado por esses atos perpetrados por outras pessoas.
«Ele parecia realmente compungido e insistiu em que compreende a dor dessas pessoas», afirma Portocarrero, que faz parte da Comunidade Mariana da Reconciliação, em Sydney.
«Ele demonstrou muita humildade e falou de coração – disse. Eu me sentia feliz e triste ao mesmo tempo. Sinto-me contente porque o chefe da Igreja é capaz de pedir perdão às pessoas pelos abusos dos membros da Igreja, que causam dano a pessoas às quais deveriam servir.»
John Paul Escarlan, de 24 anos, estudante no seminário do Espírito Santo em Parramatta (Sydney), considera que as palavras do Papa «são uma forma de recordar que não podemos trair a confiança das pessoas às quais devemos servir».
«O que ele disse me comoveu – admite Escarlan. Ainda que o papa não tenha cometido esses abusos, para mim foi impressionante a humildade que ele nos manifestou.»
«O mais importante que se pode fazer é pedir perdão às vítimas que ficaram feridas por alguém da Igreja», conclui o seminarista.
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