sexta-feira, 6 de abril de 2012

Quinta-feira Santa | Ceia do Senhor


Seguindo um rito evocativo das grandes intervenções salvíficas de Deus, os Apóstolos celebravam a Ceia pascal, sem pressentirem que a nova Pácoa
havia chegado.

Essa Ceia, contudo, será a última, pois Jesus, tomando aquela simbólica refeição ritual, dá-lhe um sentido novo, com a instituição da Eucaristia.

Misteriosamente antecipando o Sacrifício que iria oferecer, dentro de algumas horas, Jesus põe fim a todas as "figuras", converte o pão e o vinho no Seu Corpo e Sangue, apresenta-se como o verdadeiro cordeiro pascal - o "Cordeiro de Deus" (Jo 1, 29).

O Sacrifício da Cruz, com o qual se estabelecerá a "nova Aliança", não ficará, pois, limitado a um ponto geográfico ou a um momento da história: pelo Sacrifício Eucarístico perpetuar-se-á, "pelo
decorrer dos séculos até Ele voltar" (SC, 47). Comendo o Seu Corpo imolado e bebendo o Seu Sangue, os discípulos de Jesus farão sua a Sua oferenda de amor e beneficiarão da graça, por ela alcançada aos homens. "Pela participação no Sacrifício Eucarístico, fonte e centro de toda a
vida cristã, oferecem a Deus a Vítima divina e a si mesmos juntamente com ela" (LG, 11).

Para que este mistério de amor se pudesse realizar, Jesus ordena aos Apóstolos que, até ao Seu regresso, à Sua semelhança e por Sua autoridade, operem esta transformação, ficando assim participantes do Seu mesmo Sacerdócio.

Nascido da Eucaristia, o Sacerdócio tornará, portanto, actual, até ao fim dos tempos, a obra redentora de Cristo. Sendo a Eucaristia a obra prima do amor de Jesus, a prova suprema do Seu
amor (Jo 13, 1), compreende-se agora bem porque é que Ele escolheu a última Ceia para fazer a proclamação solene do "Seu mandamento", o de "nos amarmos uns aos outros", o mandamento novo, "que resume toda a lei".

Fonte: Evangelizo.org

"Ela (Sofia) está em todas as coisas como o ar recebendo a luz do sol. Nela eles prosperam. Nela, glorificam a Deus. Nela, regozijam-se em refleti-Lo. Nela, estão unidos a Ele. Ela é a união entre eles. Ela é o amor que os une. Ela é vida como comunhão, vida como ação de graças, vida como louvor, vida como festa, vida como glória."

A Thomas Merton Reader

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