A equipa do trabalho do acolhimento na Exposição: Frei José Lima, FMM
Ir. Teresinha, da Congregação Santa Catarinha de Sena, Ir. Maria Mendes,SSpS Missionária Serva do Epírito Santo
Visita guiada pelo Frei Lima, FMM
Vou
partilhar convosco, a minha experiência, do serviço de acolhimento prestado na Exposição
Missionária em Fátima. A minha função era acolher os visitantes que vêm de
todos os países, de todo o mundo, animá-los a entrar, dizendo simplesmente “Bem-vindo”.
Quem
já visitou a exposição conhece bem, a porta da entrada. É preciso convidar cada
pessoa ou cada grupo para entrar na sala da exposição. Quem está na entrada
tenta atrair as pessoas acolhendo-as bem.
Estive
três vezes na exposição, a primeira vez foram três dias, num fim de semana, e
as outras duas vezes, uma semana cada..
Creio
que todos nós podemos ajudar as pessoas tornando-nos mais acolhedores e mais
simpáticas. As pessoas que vêm ao nosso encontro devem sentir-se bem acolhidas.
Não
fiz grandes coisas no que se refere ao acolhimento, mas tentei sempre ser
agradável. Fiz um esforço por acolher e comunicar com todas as idades, as
crianças, as pessoas maiores, que chegam de fora de Portugal, e que falam diferentes
idiomas: chinês, alemão, francês, polaco, Italiano, inglês, etc. Quando não percebia
nada comunicava por gestos. Lembrava-me da frase de S. José Freinademetz, “o
amor é a linguagem que todos percebem”. Aprendi algumas palavras de chinês mas
não consigo escrevê-las.
Estive
sempre na parte do acolhimento e foi muito interessante. Ao terminarem a visita
as pessoas manifestavam a sua alegria com expressões: maravilhosa,
impressionante; Deus continua presente; Graças a Deus; obrigada; que belo ambiente
tão acolhedor; eu também me senti lá na praça dos missionários, nunca mais
esquecerei esta exposição tão interessante, valeu a pena visitá-la.
Gostaria
de contar alguns casos concretos: Um casal com dois filhos, o bebe e o irmão com
4 anitos. Enquanto os pais estavam noutra exposição, o menino começou a espreitar
para a porta do acolhimento, eu chamei-o “olá, podes vir! Como se chama? Ele
diz chamo-me Rodrigo. Disse-lhe, Rodrigo veio com quem? Ele diz; com o meu mano
bebe e os meus pais? Ele foi dizer aos
pais para visitarem a exposição missionária. Passado pouco tempo, Rodrigo
voltou com os pais para fazerem a visita. O pai disse-me, irmã, não temos mais
tempo mas o Rodrigo obrigou-nos a vir, por isso, aqui estamos. Depois da visita
vieram dizer-me: “obrigada irmã, valeu a pena.
Outro
caso de uma senhora idosa com uma muleta, chegou à porta da entrada, e logo a convidei
“seja bem-vinda à exposição missionária” A senhora respondeu, “irmã, não vale a
pena, porque eu quando era pequenita vinha sempre com os meus pais e já conheço
tudo”. Respondi, “está bem, mas esta exposição missionária começou no mês de
Maio e vai terminar no fim de Outubro”. A senhora diz: se é assim, então eu vou
ver. Entrou e ficou na sala do vídeo. Depois de algum tempo veio agradecer dizendo:
“obrigada irmã, é mesmo uma exposição nova que eu nunca tinha visto. Lá na
praça está o João Paulo II, eu rezei muito e, por sua intercessão ele salvou o meu filho da droga. Vocês
missionários são todos muito queridos…”
Outro
exemplo: um senhor brasileiro tirou todas as fotos da exposição e no fim disse-me,
“irmã, vamos fazer uma exposição assim no nosso país e depois convidamo-la para a visitar” Os visitantes apreciaram muito
a exposição e diziam espontaneamente “está um trabalho muito bem feito, é maravilhoso,
Parabéns para todos os que a organizaram, muito obrigado…”
Estas
expressões levaram-me a refletir como é grande o testemunho da presença de
todos os missionários de ontem e hoje em todos tempos. O testemunho pessoal é o
alicerce da nossa fé.
Cada
pessoa tem a sua beleza, no modo como se exprime, sejam portugueses, ou de
outros continentes. De todo o mundo, de diferentes línguas e culturas vieram a
Fátima para testemunhar a sua fé. Diariamente aqueles que chegaram a Fátima, e que
passaram pela exposição Missionária, foram interpeladas pela presença
missionária. Ao aproximarem-se eram convidados a entrar na sala da exposição.
Esta interpelação obrigava-os a manifestar o que trazem no seu coração, e a
sentir a alegria, de poderem expressar livremente o que lhes vai no íntimo
naquele momento.
Tomámos
consciência de que é necessário dão o melhor de nós mesmos, nem que seja um
sorriso, uma palavra simples de boa vinda, uma palavra que faz os visitantes a
sentirem-se bem acolhidos. Para mim,
foi uma experiência muito enriquecedora e bonita. Alegrei-me em ver as pessoas que
vêm e vão, e testemunham a sua fé. Creio que a exposição ajudou a criar nos
cristãos uma maior convicção missionária, apareceram novas ideias, e pessoas prontas a servir e
animar a missão na sua paróquia, no seu país, e na sua terra.
As manifestações
acima referidas são agradecimentos de alegria pela iniciativa desta organização.
São dinâmicas que ajudam a visionar os esforços missionários. Esta visibilidade
do trabalho missionário da Igreja dá novo alento às expectativas dos cristãos e
entusiasma todos os que de boa vontade aproveitaram a oportunidade para um
encontro mais humano com quem fez opções radicais que dão sentido e tornam
feliz a vida, por inteiro.
Ir. Maria Mendes,
SSpS
Missionárias das
Servas do Espírito Santo
Fátima, 07.09.2012