A homilia, que consta da explicação da parábola proclamada, é feita em forma dialogada. Uma criança pergunta e o sacerdote responde.
O pai tinha 2 filhos.
E o mais novo quis deixar a casa?
Porquê?
Sabes, era jovem e queria gozar a vida.
Pensava só em fazer festas com os amigos, gastando o dinheiro que recebeu do pai como herança.
Sonhava em fazer todo o que lhe apetecesse.
E para onde é que ele foi?
Partiu para um país distante.
Longe dos olhares do pai, estaria mais à vontade.
E foi aí, longe da família, que gastava o dia numa vida fácil, rodeado de falsos amigos.
E o dinheiro não se acabou?
Sim. Quando se acabou, os tais amigos desapareceram e ele teve de ir guardar porcos para poder viver.
Guardar porcos era a pior coisa que podia acontecer a uma pessoa.
Era mesmo uma grande humilhação.
E que decidiu?
Depois de ter descido tão baixo, vestido de trapos e com fome, decidiu voltar para casa e convencer o pai a dar-lhe, pelos menos, um pedaço de pão.
E, um certo dia, pôs-se a caminho de casa.
Qual foi a reacção do pai?
O pai nem esperou que ele lhe pedisse nada.
Fez imediatamente 5 coisas. Reparem:
1. Viu-o ao longe, porque tinha a porta aberta.
2. Encheu-se de compaixão, com um amor de pai e de mãe.
3. Correu para ele, tal era a saudade que sentia pelo filho.
4. Lançou-se-lhe ao pescoço, como se faz a um grande amigo.
5. Cobriu-o de beijos, e nisto está dito todo o seu amor.
E qual foi a reacção do filho?
Nem teve tempo de dizer as palavras que tinha estudado.
O Pai deu logo ordens aos empregados.
Que ordens?
O Pai mandou 3 coisas:
- que eles lhe vestissem a melhor túnica, pois era o que se fazia aos hospedes importantes;
- que lhe colocassem um anel no dedo, como sinal de que voltava a ser filho com direito de novo à herança;
- que o calçassem, pois só os escravos é que andavam descalços.
E seguiu-se a festa.
As crianças retiram-se e o sacerdote conclui a homilia, dialogando com a assembleia.
Esta é uma parábola ou história inventada por Jesus.
Esse Pai tão bom e misericordioso, que perdoa tanto, quem é?
É Deus.
Não é um Deus vingativo e castigador.
É um Deus compreensivo e pronto a perdoar.
Quando pecamos e nos arrependemos, dá-nos sempre uma nova oportunidade para voltarmos a tentar ser bons.
Gosta muito de nos ver felizes.
E esse filho que se afasta do pai e não encontra a felicidade?
Somo nós, sempre que pecamos.
Por vezes, como esse filho mais novo, buscamos saciar a nossa sede de felicidade em esquecer Deus e ter muito dinheiro para gastar e gozar muito a vida.
Mas longe de Deus é impossível ser feliz.
Como o filho perdido e encontrado, sempre que pecamos, corramos para Deus.
Ele perdoa-nos.
Recebe-nos em sua casa
Muda o nosso coração de pedra, num coração de filho e de irmãos.
Faz-nos felizes.
Voltaremos a encontrar a alegria e a paz.
PRECES
Oremos agora ao Pai celeste que perdoa sempre aos filhos que regressam, dizendo:
Ouvi-nos, Senhor.
1. Pelo Papa, os Bispos e os sacerdotes, ministros do perdão que vem de Deus, oremos.
2. Pelos que, quando caem no pecado, sentem necessidade de receber o perdão, oremos.
3. Pelos que se alegram e fazem festa sempre que os pecadores mudam de vida, oremos.
4. Pelas famílias que têm filhos pródigos e que sofrem por causa da sua ausência, oremos.
5. Por todos os que se preparam para serem baptizados na noite pascal, oremos.
Senhor, nosso Deus, rico em misericórdia, fazei que todos nós experimentemos a alegria do vosso perdão.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.
São João Evangelista, 27/12/2024
Há 16 horas
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