“Queremos ser sinal visível de uma realidade diferente daquela em que a sociedade portuguesa está mergulhada”, afirmou à Agência ECCLESIA a secretária-geral da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, Ir. Maria Manuela Oliveira.
O tema do encontro – “Vida Consagrada, mensageira de esperança e alegria” – pretende rever atitudes como o desprendimento, a mansidão e a misericórdia, com vista ao aperfeiçoamento da vida pessoal e à melhoria do contributo para a transformação da realidade.
A vida dos consagrados vai também ser lida à luz da encíclica “Caritas in veritate”, de Bento XVI: “Gostaríamos que a última encíclica do Papa fosse um pouco mais conhecida e explorada nas suas diferentes vertentes”, explicou a religiosa.
Antes de serem testemunhas da alegria proporcionada pelo seguimento de Jesus Cristo, os consagrados precisam de a experimentar quotidianamente: “Sonhamos com uma Igreja mais aberta à esperança e radicada na profundidade de vida espiritual que os religiosos e religiosas devem ter”, referiu a Ir. Maria Manuela Oliveira.
A entrega total de vida – manifestada na oração, convivência fraterna e serviço à sociedade – prefigura a comunhão plena com Deus, prometida para depois da existência terrena. A actividade diária e a meditação nas realidades que hão-de vir oferecem aos consagrados a oportunidade de serem porta-vozes de Deus na cultura contemporânea.
“Os profetas de antigamente anunciavam e denunciavam. Hoje, o religioso e a religiosa têm de assumir estas dimensões”, assinalou a Ir. Maria Manuela. E concluiu: “É difícil ser profeta mas temos de o ser”.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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