Assinala-se hoje o 18º Aniversário do ‘Massacre de Santa Cruz’, ocorrido em 12 de Novembro, em Díli.
A força das imagens captadas por Max Sthall , e depois difundidas mundialmente por todas as cadeias de televisão, deu a conhecer ao mundo as atrocidades que a Indonésia cometia, impunemente, sobre os naturais da antiga Colónia Portuguesa, invadida pela Indonésia em Dezembro de 1975, que passou a considerar Timor como a sua 27ª província.
Foi a partir deste, tristemente célebre, acontecimento que Timor atraiu sobre si a atenção da comunidade internacional, acordou as consciências, e fez com que a Luta dos timorenses pela libertação da Indonésia passasse a constar da agenda mediática de muitos países e activistas, lembrando ainda à ONU o ‘problema’ de Timor.
Sem a difusão maciça daquelas imagens, o mundo continuaria a ignorar o genocídio que vinha sendo cometido sobre os timorenses, desde 1975, e que se prolongaria ainda até Setembro de 1999, após a realização do Referendo pela auto-determinação e subsequente intervenção das forças da ONU (Interfet) para fazer cessar a violenta retaliação das forças indonésias face ao resultado do referendo – esmagadora maioria da votação a favor da libertação da Indonésia.
O Presidente da República e o Primeiro-Ministro de Timor-Leste estiveram hoje no cemitério de Santa Cruz, para prestar homenagem às vítimas do massacre, cuja verdadeira dimensão ainda hoje se desconhece, embora vulgarmente sejam apontados mais de 200 mortos e muitos feridos e desaparecidos.
Fonte: Arquivo & Museu da Resistência Timorense
Aqui fica também a minha singela homenagem aos massacrados de Santa Cruz e, igualmente, a todos os que, ao longo de 24 anos, lutaram e deram a vida pela libertação de Timor.
Publicada por LenaLorosae em 23:08
Etiquetas: 12 Novembro 1991, Massacre de Santa Cruz, Max Sthall, timor-leste
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