terça-feira, 14 de abril de 2009

ARNALDO JANSSEN E A SUA IMPORTÂNCIA PARA O NOSSO TEMPO



Arnold Janssen und seine Bedeutung für die heutige Zeit - von H. Heekeren SVD

ARNALDO JANSSEN E A SUA IMPORTÂNCIA PARA O NOSSO TEMPPO

Arnaldo Janssen, fundador das três Congregações Missionárias de Steyl, foi beatificado pelo Papa Paulo VI no Domingo das Missões em 1975. No dia 5 de Outubro de 2003 é canonizado por João Paulo II. Talvez nos possamos perguntar: Que significa isto? Não basta a beatificação?

A beatificação, segundo o entendimento oficial da Igreja, significa que a pessoa beatificada pode ser modelo para determinados grupos ou para Igrejas locais. Neste nosso caso isto vale para as três Congregações Missionárias de Steyl e para as pessoas que, de qualquer modo, a elas estão ligadas. Com a canonização, porém, salienta-se a importância da pessoa canonizada para toda a Igreja actual. Que devemos pensar no caso do Padre Arnaldo? A mim ocorrem-me os seguintes aspectos da sua vida e da sua acção:

No tempo da perseguição da Igreja na Alemanha nos anos 70 do século XIX – o chamado conflito entre a Igreja e o Estado sob o chanceler Bismarck (Kulturkampf) – a Igreja Católica estava muito preocupada com a sua própria sobrevivência. Nessa situação, quando Arnaldo Janssen, em 1875, procurou a Arcebispo de Colónia e lhe pediu recomendações para a Fundação duma Casa Missionária, perguntou-lhe este: “Vivemos num tempo em que tudo vacila e parece ir abaixo, como é que vem agora o senhor a querer iniciar ainda algo de novo?” A isto Arnaldo respondeu: “É exactamente por isso que deve aparecer algo de novo!” A sua inabalável confiança em Deus não foi desiludida. A abertura da Igreja alemã para a acção missionária, que ele intensamente ajudou a promover, muito contribuíu para o fortalecimento dessa mesma Igreja. Parece-me que tal visão e modo de agir mantém permanente actualidade no esforço de renovação da vida da Igreja aqui na Europa e no mundo. Também os membros das três Congregações de Steyl fazem bem ao medir sempre a sua fé e sua acção com este princípio do Padre Arnaldo.

“PROCURAR E ENCONTRAR – 2003: ANO DA BÍBLIA.” As Igrejas do espaço de língua alemã querem com este tema, neste ano, que o livro dos livros chegue mais ao conhecimento e à consciência das pessoas. Santo Arnaldo pode aqui ser exemplo actual e inspirador. De seu pai Geraldo aprendeu a ouvir com atenção a Palavra de Deus. Todos os sábados à noite, o pai lia e explicava os textos bíblicos da liturgia de domingo para a família. Depois da missa, os filhos deviam dizer o que tinham guardado da pregação. O seu texto predilecto era o Prólogo do Evangelho de S. João. Ele é o hino sobre o Verbo de Deus pelo qual tudo foi criado e que ilumina todos os homens. Ele fez-se homem, um de nós, para que tenhamos a vida em abundância.
De certeza que o pai Geraldo Janssen nunca sonhou que as sementes da Palavra, introduzidas nos corações dos seus filhos, se tornariam numa grande árvore pelo seu filho Arnaldo:
a sua semente, levada pelo sopro do Espírito Santo, atingiu os confins da terra.
As palavras do Prólogo de S. João ganhavam uma importância crescente para o jovem Arnaldo. Para si mesmo acrescentava-lhes o verso 16 do capítulo 3: “Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu único filho.” Por gratidão e correspondendo a esse amor queria dar esta boa nova ao maior número possível de pessoas. Depois de superadas algumas resistências pôde inaugurar, em 1875, uma Casa para a formação de missionários em Steyl. Da comunidade dessa Casa nasceu a sua primeira Fundação com o nome de Sociedade do Verbo Divino.
( + Santo Arnaldo explica, nas Constituições de 1885, como queria que fosse compreendido o nome da Sociedade: por “Verbo Divino” entendemos a Palavra de Deus Pai ou a Segunda Pessoa da divindade; a Palavra do Filho de Deus, que é o Evangelho de Jesus Cristo; a Palavra do Espírito Santo ou seja toda a Sagrada Escritura; e num sentido mais lato, a palavra do sacerdote, enquanto representa a Igreja e é fiel à sua doutrina. )

O amor à Palavra de Deus na casa da família Janssen não só se tornou a fonte para a vida pessoal do Fundador de Steyl, como também para as suas inumeráveis conferências esspirituais. Estas caractererizam-se por uma rica aplicação da Sagrada Escritura. Aí não lhe importava o muito saber, mas sim que os seus missionários e missionárias fossem cativados cada vez mais pelo amor de Deus que Ele nos demonstrou pela Encarnação e pela entrega do Filho ao sofrimento e mesmo até à morte na cruz. Por isso, o estudo e a meditação da Sagrada Escritura deviam, segundo o seu desejo, ocupar um espaço considerável na preparação para o trabalho missionário. É este o costume até aos nossos dias dos agora mais de 6000 membros desta sua primeira Fundação, a SVD. Estes provêm de 64 nações e exercem a sua acção em 69 países. Mas também as mais de 3500 Irmãs Missionárias de Steyl que o Padre Arnaldo fundou em 1889 como Congregação das Servas do Espírito Santo (SspS) recebem uma bem fundamentada formação bíblica. Pretendem viver da Palavra inspirada pelo Espírito Santo e anunciam-na em mais de 40 países onde trabalham. Também as Irmãs da Adoração de Steyl, Congregação fundada em 1896, com actualmente cerca de 400 membros, apoiam estes esforços com a sua oração.
Seguindo a tradição de Santo Arnaldo e como resposta à crescente “fome pela Palavra do Senhor” (Am 8,11), os membros de Steyl – como tantos outros ouvintes da Palavra – esforçam-se por uma Pastoral orientada pela Sagrada Escritura. Também divulgam anualmente milhões de Bíblias e de partes da Bíblia. Com novas traduções querem que ela seja acessível ao maior número possível de pessoas. Em colaboração com a Federação Bíblica Católica, a SVD dirige em Nemi, perto de Roma, desde 1987, o curso “Dei Verbum” para servidores e servidoras da Palavra na Pastoral e para formadores no serviço bíblico-pastoral. Destina-se a leigos, a religiosos, a religiosas e a sacerdotes de todo o mundo que já trabalham no apostolado da Bíblia. Através de pessoas que concluiram este curso nasceram, entretanto, muitos Centros de Pastoral Bíblica a nível diocesano e nacional.
A actualidade do método missionário orientado pela Bíblia ainda se torna mais evidente se pensarmos que só na América Latina passam anualmente para outras Igrejas ou seitas cerca de 4 milhões de católicos porque pensam que aí aprendem a conhecer, a amar e a seguir Cristo pela Sagrada Escritura mais intensamente do que connosco. Fenómeno semelhante vale também para budistas, confucianos e ateus na China e na Coreia que aderem a outras comunidades cristãs, entre outras razões, porque na nossa Igreja ainda não é vista suficientemente a importância da Palavra de Deus para a propagação da fé.

Em Steyl e nas comunidades fundadas a partir de lá nas suas primeiras missões na China, na Papua Nova Guiné, no Togo, etc., confrades e Irmãs viviam em pobreza e em SOLIDARIEDADE COM OS AINDA MAIS POBRES. Antes de se falar em ajuda ao desenvolvimento já o Padre Arnaldo cuidava que os seus missionários e missionárias prestassem eficazmente este serviço em escolas, hospitais, oficinas e outros projectos sociais. Cuidava que as Irmãs e os Irmãos fossem competentes nestas áreas. Isto não era habitual naquele tempo. No que diz respeito às Irmãs parece ter sido ele o primeiro que, em 1899, contra o Direito Canónico então em vigor, enviou quatro delas para Colónia com o fim de tirarem o curso de parteira. É que ele via nesta profissão também uma possibilidade ideal para um contacto mais estreito das missões com as mulheres. Naquele tempo as mulheres ainda eram consideradas mais como pessoas de segunda classe. Na sua solidariedade para com os pobres e excluídos, Arnaldo seguiu o exemplo do seu Mestre Encarnado que, no Evangelho, se identifica com eles: “Tinha fome e destes-me de comer... Era estranho e vós acolhestes-me...” (Mt 25,35s).
A Igreja universal tem, portanto, na sua opção pelos pobres, também um permanente modelo em Santo Arnaldo.
( + Aids, Refugiados, Organização Mundial do Comércio, ... )

A solidariedade com os explorados no nosso mundo fez entrar o Fundador de Steyl em CONFLITO COM O PODER COLONIAL DA ALEMANHA. Aceitou que os Superiores da missão no Togo fossem expulsos do país, porque tinham protegido os nativos contra o tratamento injusto por parte dos funcionários coloniais. Em 1898 convocou para uma reunião os Superiores das Ordens Missionárias na Alemanha para que, juntos, pudessem ser mais fortes contra a política das autoridades coloniais em Berlim. Esta foi a origem e a primeira das actuais mais de cem Conferências Nacionais dos Superiores dos Institutos Religiosos. O nosso Santo também entrou em choque com os responsáveis do Vaticano para a Ppropagação da Fé, quando e onde a sua consciência o exigia. Resistência corajosa contra a opressão política, económica ou qualquer outra, ainda hoje continua a ser actual em todo o mundo. Os missionários de Steyl participam activamente nesse campo.
( + Arcebispo Silvestre Scandian de Vitória, no Brasil ).

O nosso Santo via no sólido CONHECIMENTO DE OUTRAS RELIGIÕES, CULTURAS E LÍNGUAS uma condição absolutamente necessária para um eficaz anúncio da Boa Nova. Por isso promoveu o estudo da Ciência das Religiões, da Linguística, da Missiologia e da Etnologia. Procurava que na formação filosófico-teológica dos seus futuros missionários, estes recebessem conhecimentos adequados nestas disciplinas. No seu tempo, isto era uma excepção entre as Ordens Missionárias. Esta prática é considerada hoje essencial por todos os Institutos Missionários e por toda a Igreja para a inculturação do Evangelho e para o diálogo com outras religiões. Mas o seu exercício deixa muitas vezes a desejar. Como exemplo de uma realização bem sucedida creio poder apresentar a nossa Casa de Santo Agostinho. Aqui devem ser nomeados, em primeiro lugar, os Institutos científicos que tentam continuar nesta área, de modo actualizado, a iniciativa de Arnaldo Janssen.
A seguir identifico a apresentação da sua particularidade e finalidade, principalmente a partir dos seus próprios ideais.

1. INSTITUTO MISSIOLÓGICO DO VERBO DIVINO

Este Instituto considera ser sua tarefa: realizar trabalhos de investigação nas áreas da Teologia da Missão e da História da Missão; preparar missionários para o encontro com outras religiões e culturas; apoiar investigações teológicas nas jovens Igrejas assim como o intercâmbio de ideias teológicas entre as Igrejas locais do chamado Terceiro Mundo com as Igrejas da Europa e da América do Norte.

2. INSTITUTO ANTHROPOS

O “Anthropos” conta actualmente 35 membros de 17 nações. Trabalham numa série de países em instalações semelhantes às de Santo Agostinho. O Instituto ocupa-se com o estudo das Ciências Humanas na área da Etnologia, da Ciência das Religiões e de disciplinas afins. Publica a Revista Internacional de Etnologia e Linguística “Anthropos”, assim como duas séries de monografias com resultados etnológicos da investigação. O primeiro número da “Anthropos” apareceu em 1906, ainda em vida de Arnaldo Janssen. Fundador e primeiro redactor da Revista
foi o Padre Wilhelm Schmidt SVD.

3. CASA DOS POVOS E DAS CULTURAS

É um museu etnológico-científico com peças em exposição da África, Etiópia, Nova
Guiné, Indonésia e de arte cristã da China e de países do chamado Terceiro Mundo. Este museu informa sobre povos pouco conhecidos e sobre as suas criações artísticas; pretende contribuir ao mesmo tempo para uma maior compreensão mútua.
( + Museus como o de São Wendel, de Steyl, etc. são museus orientados mais ao gosto popular e menos sob o ponto de vista científico ).

4. INSTITUTO “MONUMENTA SERICA”

O primeiro campo de missão da Congregaçao do Verbo Divino foi a China. Foi a missão preferida se Arnaldo Janssen. Durante muito tempo foi dirigida por José Freinademetz que, juntamente com ele, é canonizado no dia 5 de Outubro de 2003. Este Instituto é um testemunho de permanente fidelidade da Congregação ao grande povo, especialmente nestes tempos críticos para
a Igreja local chinesa. O Instituto é uma organização científica para investigação da História, da Religião, das culturas e línguas da China e dos países vizinhos. A sua Revista científica “Monumenta Serica” trata de todos os aspectos e fases da cultura material e espiritual da China; serve também para a justa compreensão do trabalho missionário. Por fim, quer contribuir para a superação do tempo passado, para o debate dos cristãos com a rica herança espiritual deste grande povo civilizado e para um diálogo fecundo. Além da Revista, o Instituto publica também a série de livros “Monumenta Serica Monograph Series” que inclui igualmente estudos sobre a cultura chinesa. O Instituto organiza também exposições e conferências científicas para promover os conhecimentos sobre a China no grande público e para intensificar o intercâmbio entre especialistas ocidentais e chineses.

5. CENTRO DA CHINA
Este Centro está ao serviço da informação e da tomada de consciência sobre a China, da promoção da colaboração científica e social com parceiros chineses, da iniciação e coordenação de projectos de investigação sobre a história do cristianismo e de outras religiões no espaço cultural chinês, assim como de reuniões especializadas em projectos de investigação sobre estes temas.
( + Visita de quatro bispos chineses das antigas regiões de missão da Congregação do Verbo Divino em Santo Agostinho e em Steyl a 14 de Setembro de 2003 ).

6. ESCOLA SUPERIOR DE SANTO AGOSTINHO
Todos os Institutos mencionados colaboram intimamente com a Escola Superior de Santo Agostinho. Seguindo o espírito de Arnaldo Janssen ajudam a oferecer uma formação filosófico-teológica orientada para uma tomada de consciência missionária na Igreja universal e local. É a única Escola Superior na Alemanha que tem como prioridade o curso com diploma da especialidade Teologia da Missão. Este curso apresenta a dimensão missionária da fé cristã e da teologia cristã. Aspectos missionários essenciais são elaborados nas diversas disciplinas deste curso. No semestre de Inverno de 2003 estavam matriculados 164 estudantes masculinos e femininos, entre os quais 40 membros da SVD, 14 de outras Ordens, 15 seminaristas chineses e 6 Irmãs chinesas. Nesta Escola Superior estudam homens e mulheres da China, Coreia, Índia, Indonésia, Filipinas, Nigéria, Camarões, Tansania, Togo, Gana, Brasil, Equador, São Salvador, Polónia, Eslováquia e Alemanha.

Nisto manifesta-se o espírito de Arnaldo Janssen: já antes da Fundação ele pensava numa Casa Missionária não só para alemães, mas também para holandeses e austríacos. Entre os seus primeiros colaboradores encontrava-se um luxemburguês e um habitante do Tirol Sul. Em princípio estava aberto para a aceitação de candidatos de qualquer nacionalidade. Na aplicação deste princípio decidiu-se por comunidades internacionais, o que não era hábito naquele tempo. Hoje, num mundo cada vez mais globalizado e com questões étnicas regionais em vários países, podem equipas internacionais, a viver harmoniosamente e a trabalhar a partir da fé, ser uma resposta evidente às tensões muitas vezes existentes devido a problemas de nacionalidade ou de pertença a grupo étnico diferente.

Desde há alguns anos que chegam mais e mais padres diocesanos enviados pelos seus bispos especialmente de países africanos e asiáticos a esta Escola Superior para obterem uma licenciatura ou um doutoramento e depois colaborarem na formação dos padres ou para assumirem outras tarefas resposáveis nos seus países de origem. Os missionários do Verbo Divino prestam hoje este importante serviço à Igreja universal numa série de países.
( + Não sou competente para avaliar até que ponto os exemplos mencionados de Santo Agostinho também são actualizações bem sucedidas, na prática, do criativo método missionário de Arnaldo Janssen. No nosso mundo em constante e rápida mudança, os responsáveis esforçar-se-ão certamente por uma avaliação e orientação periódica aos novos desafios ).

Quando a palavra ECUMENISMO ainda se escrevis com minúscula já a unidade dos cristãos
era um especial objectivo para Arnaldo Janssen. Tal como Jesus na sua oração de despedida, via ele na unidade a condição para um anúncio convincente da Boa Nova. O seu objectivo nada perdeu na actualidade; e também não para os missionários do Verbo Divino no contacto com numerosos cristãos de outras confissões.
( + Da evolução do “Regresso ao seio da Igreja Católica” para um profundo respeito mútuo, ouvindo-se uns aos outros com os ouvidos do coração. Exemplo NTT ).

Santo Arnaldo via na palavra escrita um potente meio para servir o interesse da Igreja universal. Aí deixou-se conduzir pela consciência de que COMUNICAÇÃO é manifestação de si mesmo no amor. Os missionários do Verbo Divino, continuando na sua tradição, vêem hoje nos vários meios de comunicação social “forças e possibilidades indispensáveis para levar a fé a todos os povos e aprofundá-la; para manter consciente e vivo o dever missionário de toda a Igreja; para fortalecer aquele amor que é expressão e fonte de toda a comunidade” (Regra 115 da SVD de 1983).
O trabalho com os meios de comunicação social é, nos nossos tempos, mais actual do que nunca.
( + Radio, TV, Video, Internet... )

Arnaldo conseguiu levar numerosos LEIGOS a colaborarem como voluntários no apostolado da imprensa. Muito antes do Concílio Vaticano II lembrava, com eficácia, a sua responsabilidade missionária. Sem apoio financeiro e sem oração seria impensável o rápido desenvolvimento da obra missionária de Steyl. Muitos leigos estão hoje, na sequência do Vaticano II, mais conscientes da sua responsabilidade missionária. Em muitos lugares, os filhos e filhas espirituais de Arnaldo tentam apoiá-los na concretização desta sua tarefa. A regra 111 da SVD diz entre outras coisas: “Já que acentuamos a vocação missionária e a responsabilidade de todo o povo de Deus, encorajamos missionários leigos naturais e estrangeiros para se empenharem activamente pelo Reino de Deus.”
( + Desenvolvimento de: Os leigos ajudam-nos a nós, missionários de profissão – e – Nós ajudamos os leigos a cumprir a sua responsabilidade missionária ).

Arnaldo foi claramente pioneiro no que se refere a EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS. Já pouco depois da Fundação foram dados os primeiros cursos. Só em Steyl, nos últimos anos antes da sua morte, participavam anualmente mais de 6000 pessoas nos exercícios espirituais, das quais 5000 eram leigos. Ali e também nas outras Casas fazia-se, assim, muito pela renovação e pelo aprofundamento da fé. Exercícios espirituais continuam a ser uma grande ajuda precisamente nos nossos tempos de intensiva procura de muitos pelo verdadeiro sentido da vida. Exercícios personalizados e métodos orientais de meditação desempenham hoje em dia um papel muito mais relevante do que no tempo de Arnaldo.

DONDE RECEBIA ARNALDO A LUZ E A FORÇA PARA TANTAS INICIATIVAS DE PERMANENTE E UNIVERSAL ACTUALIDADE? - A resposta não é difícil: ARNALDO ERA UM HOMEM DE ORAÇÃO E DE ÍNTIMAS RELAÇÕES COM DEUS. À semelhança da Igreja no seu empenho acual por renovação, ele destacava o seguimento do Verbo Divino feito homem (v. o nome da sua primeira Fundação: Sociedade do Verbo Divino). Estava aberto ao Espírito Santo especialmente na interpretação dos sinais dos tempos (v. também os nomes das suas Congregações de Irmãs: Servas do Espírito Santo). Vivia da confiança em Deus, Pai misericordioso. Era um declarado adorador de Deus Trino: origem, imagem e fim de toda a comunidade humana. Como ele também a Igreja actual realça cada vez mais que as suas comunidades estão fundamentadas no Deus Trino e devem ter orientação missionária. Assim também a sua espiritualidade, apesar de se exprimir em formas de devoção condicionadas pelo tempo, está localizada no centro duma autêntica espiritualidade cristã e tem, por isso, permanente importância supraregional.

Resumindo, poderemos dizer que a importância de Santo Arnaldo para toda a Igreja actual reside principalmente no seguinte:

- Empreendeu novos e necessários passos num tempo de crise na Igreja e assim ajudou à superação da crise.
- Viveu da Palavra de Deus e alimentou a vida a partir dessa Palavra.
- Praticou convincentemente a solidariedade para com os mais pobres e a defesa dos seus direitos.
- Empenhou-se concretamente por um sólido conhecimento de outras religiões e culturas. Foi para ele um grande objectivo: o contributo activo dos leigos na propagação da fé.
- Viveu à base dos elementos essenciais da espiritualidade cristã.

Importância de Arnaldo Janssen para toda a Igreja! Portanto, também para nós?!
Oxalá que ele, na sua profunda união com Deus e no seu criativo serviço à tarefa missionária
da Igreja, possa ser para nós e para muitos cristãos em todo o mundo estímulo e intercessor na realização desta mesma missão.

Arnold Janssen und seine Bedeutung für die heutige Zeit - von H. Heekeren SVD)

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