Nós, Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo estamos a preparar a beatificação da Madre Josefa (Hendrina Stenmanns), uma das primeiras Servas do Espírito Santo que juntamente com Helena Stollenwerk e outras jovens foram os alicerces da segunda Congregação fundada por S. Arnaldo Janssen. Para conhecer melhor a sua vida e preparar interiormente este evento a Congregação está a celebrar o Ano da Madre Josefa. Uma das frases que resumem melhor a vida da Madre Josefa Stenmanns é: “Pronto está o meu coração”. Nos últimos anos da sua vida escreveu a uma das Irmãs: “Rezemos cada dia: Pronto está o meu coração, oh Deus, pronto está meu coração”.
Hendrina Stenmanns nasceu no dia 28 de Maio de 1852, em Issum, no Baixo Reno (Alemanha). Dos 6 aos 14 anos de idade frequentou a escola, mas antes de acabar o último ano teve que deixá-la para ajudar a cuidar da casa e dos irmãos menores. Mesmo com muito trabalho procurava a busca de Deus e a prática das virtudes. Visitava os doentes e, como a sua amabilidade e delicadeza eram grandes, todos os doentes queriam tê-la perto.
A mãe faleceu quando tinha 26 anos. Hendrina prometera por de lado seus desejos pessoais e ficar com o pai para cuidar dos irmãos e irmãs. Fechavam-se todas as portas para ela, frustrando seus planos e desejos pessoais. Não se notava uma única palavra de queixa ou lamentação. Assumia a situação como era e como sua tarefa.
O CORAÇÃO NO CÉU
Hendrina tinha os dois pés no chão, mas, permeando e transparecendo em tudo o que fazia, estava o amor do coração firmemente ancorado em Deus. Deus era o sustento de sua vida, o que via quase como algo natural. Na Missa e Comunhão experimentava a confirmação desta presença. Anos depois veio a conhecer a obra missionária de Steyl e duas jovens que lá trabalhavam como empregadas na esperança que um dia seria fundada uma congregação feminina. Hendrina sentiu que era lá o seu lugar. O padre Arnaldo aceitou o pedido de Hendrina e, em 1884, partiu para Steyl. O dia 8 de Dezembro de 1889 é considerado o “Dia da Fundação” da Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e ela, com mais cinco companheiras, entre elas Helena Stollenwek, foram recebidas como postulantes.
O pároco de Issum, Pe. Veels, conhecia a disposição eucarística de Hendrina. Em Janeiro de 1884 escreveu a Arnaldo Janssen que poderia dar-lhe “as melhores recomendações em todos os sentidos. Ela sempre teve o desejo de entrar na vida religiosa.... por muitos anos se confessa semanalmente e, apesar de morar a mais de 15 minutos de caminhada da igreja e ter de cuidar da casa, participa diariamente da santa Missa”. Não era comum uma jovem com a carga de trabalho de Hendrina Stenmanns levar uma vida espiritual tão intensa.
Para o pequeno grupo em Steyl, célula germinativa da futura Congregação de Irmãs, a Eucaristia era fonte de força no trabalho diário e pesado na cozinha durante os anos na Casa Missionária. Poderíamos dizer que as empregadas viviam um “círculo Eucarístico”: da Missa de manhã, onde frequentemente recebiam a santa Comunhão, para a meia hora de oração ao meio dia, para a Bênção do Santíssimo Sacramento à tarde. A antecipação destes ‘auxílios espirituais’ diários permeava e animava a sua vida diária.
No dia 17 de Janeiro de 1892, recebeu o hábito religioso e o nome de Irmã Josefa. Dia 12 de Março de 1894, com onze companheiras, finalmente pôde emitir os primeiros votos religiosos. Faleceu a 20 de Maio de 1903.
Missionárias SSpS Ir. Mechtilde Berger, SSpS 16/05/2006 21:40 4547 Caracteres
São João Evangelista, 27/12/2024
Há 16 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário