quarta-feira, 28 de outubro de 2009

FALECEU O PE. LUÍS KONDOR, SVD


Sacerdote ficou na história da Igreja em Portugal como vice-postulador da Causa da Canonização dos Pastorinhos de Fátima

Faleceu esta Quarta-feira, dia 28 de Outubro, em Fátima, o Padre Luís Kondor, Vice-Postulador da Causa da Canonização dos Pastorinhos de Fátima.

O corpo estará a partir das 18h00, em câmara ardente, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima. A celebração das exéquias será na sexta-feira, dia 30, às 11:00h, na Basílica do Santuário de Fátima e o sepultamento será no cemitério de Fátima.
O P. Luís Kondor era membro da Congregação do Verbo Divino. Nasceu a 22 de Junho de 1928 em Csikvánd, na Hungria. Entre 1934 e 1939 frequenta a escola primária na sua terra.
Em 1940 entra para o internato dos Padres Beneditinos, de Gyor; posteriormente passa para o internato dos Padres Cistercienses, em Székesfehérvár. Terminou o liceu em 1944, já depois da entrada dos russos na Hungria.

A 20 de Agosto de 1946, com 18 anos de idade, entra na Congregação do Verbo Divino. Fez os primeiros votos a 08.09.1948 e começou os estudos de filosofia, ainda na Hungria.
Em Janeiro de 1949, por ordem do seu superior, fugiu para a Áustria, primeiro para Mödling e depois para Salzburg. Tendo sido também a Áustria invadida pelos russos, a 12.06.1950 refugiou-se, por ordem dos superiores, na Alemanha.

Foi ordenado presbítero a 28.08.1953, em St Augustin, na Alemanha.
Em 1954 foi enviado para Fátima, Portugal, onde chegou a 19 de Novembro desse ano.
Foi nomeado vice-prefeito do Seminário da sua congregação, cargo que exerceu durante 4 anos, dedicando-se também à pastoral vocacional na zona Norte de Portugal.

Em 08.07.1956 encontrou a Irmã Lúcia pela primeira vez; foi o primeiro de numerosos encontros ao longo dos anos (posteriormente, como Vice-Postulador terá licença para a poder visitar).

Em 1960 acompanhou D. João Pereira Venâncio, Bispo de Leiria, numa viagem de dois meses a vários países europeus. Depois desta viagem, a pedido do Bispo, ficou a trabalhar a meio tempo com o Bispo e a meio tempo no Seminário do Verbo Divino.
No Natal de 1960 foi-lhe atribuído o cargo de Vice-Postulador dos Pastorinhos, lugar que ocupou até à sua morte.

Vida dedicada a Fátima

Em 1963 começou a publicar um boletim em sete línguas destinado a tornar conhecida a vida dos dois Pastorinhos e a relatar o andamento dos processos de beatificação. Para divulgação da fama de santidade dos Pastorinhos, o Bispo da diocese confiou-lhe a edição do livro «Memórias da Irmã Lúcia», que fez traduzir em diversas línguas e enviou para todos os continentes, incluindo os países sob o regime comunista.

Durante muitos anos conseguiu enviar com êxito, embora de maneira oculta, não só literatura sobre Fátima, mas também imagens de Nossa Senhora de Fátima para diferentes lugares da cortina de ferro.

Dedicou-se a diversas obras: em 1956 a construção do Monumento dos Valinhos, em 1959 a imagem de Santo Estêvão que se encontra na Basílica; de 1960 a 1965 colabora com D. João Pereira Venâncio na construção do Seminário Diocesano de Leiria, do Colégio S. Miguel e do Colégio da Marinha Grande; em 1964 a construção da Via Sacra e Capela do Calvário; de 1974-1997 colaborou na transferência de ajudas financeiras da Weltkirche-Köln para dioceses, conventos, casas sacerdotais, paróquias e casas sociais em Portugal; de 1974-1997 colaborou com o Europäischer Hilfsfound das Conferências Episcopais da Áustria, Alemanha e da Suíça, no apoio a dioceses portuguesas; em 1979 a Construção da nova Casa Episcopal de Leiria; de 1975-1985 colaborou na construção dos novos Carmelos de Patacão (Faro), Bom Jesus (Braga) e São Bernardo (Aveiro).

Durante muitos anos, colaborou como intermediário entre instituições da Igreja alemã e obras nas dioceses Portuguesas. Entre os muitos apoios que consegue para a Igreja católica portuguesa, destaca-se: reconstrução de várias igrejas nos Açores, após o grande sismo de 1.01.1980.
Em 2000, com o apoio do Cardeal Meisner de Colónia, conseguiu que o Papa João Paulo II viesse a Fátima, em 13 de Maio de 2000 beatificar os Pastorinhos, mesmo depois de já ter sido anunciada publicamente a beatificação em Roma.

A 15 de Novembro de 2004 recebeu o processo canónico da cura milagrosa atribuída aos beatos Francisco e Jacinta, que entregou em Roma, na Congregação para as Causas dos Santos.
Em Março de 2004, foi homenageado pela “Fundação Ajuda à Igreja que Sofre” comemorando os seus 50 anos de Padre e de presença em Portugal.

Em 18 de Janeiro de 2006 recebeu a insígnia da Ordem de Comendador, atribuída pelo Presidente da República Jorge Sampaio.

Testemunho

Por ocasião da celebração das bodas de ouro sacerdotais diz o seguinte:
“Desde a minha infância que desejo ser sacerdote. Os meus pais enviaram-me para um colégio rigoroso, para fazer de mim um homem... Com 18 anos entrei na Congregaçăo do Verbo Divino, para me tornar missionário. Para isso, tive que deixar a minha pátria, e com 25 anos fui ordenado sacerdote. Desde então, passaram 50 anos. Se hoje olhar para trás e me recordar destes anos da minha vida, posso-vos assegurar que sou feliz na minha vocação, e testemunhar que vale a pena dedicar-se e entregar-se a Jesus Cristo, e trabalhar pela dilatação do Reino de Deus.

Como é visível do itinerário da sua vida e obra, a divulgação daMensagem de Fátima e a Igreja em Portugal muito devem à acção deste zeloso sacerdote, que encomendamos à misericórdia divina.

O Bispo de Leiria-Fátima, ao mesmo tempo que anuncia a morte do P. Luís Kondor, dá graças a Deus pelo dom que foi este sacerdote.

P. Jorge Guarda, Vigário Geral

Que Deus abençoe todos que estejam longe da sua Pátria


Vêm com alegria

Vêm com alegria, Senhor,
Cantando vêm com alegria, Senhor,
Os que caminham pela vida, Senhor,
Semeando a Tua paz e amor. (bis)

Vêm trazendo a esperança
Ao mundo coberto de ansiedade,
Ao mundo que procura e não encontra
Caminhos de amor e amizade.

Acto Penitencial

Oh Nai, oh Nai sadia ami
Oh Nai sadia ami

Oh Kristu oh Kristu sadia ami
Oh Kristu sadia ami

Oh Nai, oh Nai sadia ami
Oh Nai sadia ami

Aleluia

Moris susar é diak, aleluia
Tuir Jesus ukun fuan, aleluia
Metin ba Nai Jesus, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia

Ofertório-Simu Nai

Simu Nai,
paun no tua santu nudar sakrifisiu Kristu laran luak (2x)

Simu ba hau Nai, hau nia presente
Paun no tua santu iha hau nia fatin

Santu

Santu, Santu Maromak
Santu Nai Maromak kbiit Nain

Lalehan no rai, haklaken
Ita Boot nia gloria, hosana leten as
ba

Diak tebes ida be mai
Hodi Nai nia naran hosana (bis)

Como o Senhor nos amou

1.Como o Senhor nos amou
Jamais alguém pode amar
Pelo caminho da justiça nos ensina a caminhar.
Quando estamos reunidos e partilhamos seu pão.
Ele nos dá o seu amor e a sua paz

É o meu Corpo tomai e comei
É o meu sangue tomai e bebei
Porque eu sou a vida, porque eu sou amor.
O Senhor faz nos viver no teu amor
2. Como o Senhor nos amou já mais alguém pode amar.
Em tudo o que nos ligou manifestou seu amor
Quem comer a minha carne e beber o meu sangue.
Permanecerá em Mim e Eu nele

4.Como o Senhor nos amou já mais alguém pode amar.
Reuniu os homens todos na justiça e na verdade.
Quem no mundo quer amar é um membro do Seu Corpo.
Nada pode separar do seu amor

5.Glória ao Pai que nos criou glória ao Filho Redentor.
Glória ao Espírito da vida, que nos dá o seu amor.
Unidos por este pão que seu poder transformou.
Demos graças ao Senhor que nos salvou.

Ave Maria

Ave, ave Maria. (3x)

O Inan doben laran luak
Ohin ami mai halibur
Iha Ita nia futar oin
Atu hamulak ba Ita

MISSA do "TIMOR SEMPRE" 24 de Outubro, 2009

Irmãos e irmãs:
Elevemos confiadamente a nossa oração a Deus Pai omnipotente, que quer salvar todos os homens, chamando-os ao conhecimento da verdade, e digamos:

R. Ouvi-nos, Senhor

1. Pelo Papa Bento XVI e por todos os bispos, presbíteros e diáconos, para que celebrem os mistérios de Jesus Cristo com alegria e fervor sempre renovados. Oremos ao Senhor

2. Para que os pregadores do Evangelho se inspirem nas palavras de Jesus,
e proclamem, neste Ano Sacerdotal, com palavras e vida, a salvação de Deus, dom que se recebe e agradece. Oremos ao Senhor

3. Pelos Missionários do Verbo Divino e as Missionárias Servas do Espírito Santo, que dão sem cessar e sem temer o sacrifício da própria vida a uma causa de Amor, que Deus sempre os proteja e ampare. Oremos ao Senhor

4. Pelos governantes das nações, para que nunca se esqueçam que a autoridade lhes vem de Deus e governem os cidadãos com leis justas, que fomentem a paz e a liberdade. Oremos ao Senhor.

5. Para o Governo de Timor Leste, para que torne possível para todos os cidadãos, individualmente e em grupos, participar de maneira concreta na vida e na gestão do Estado. Oremos ao Senhor

6. Por todos os Timorenses espalhados pelo mundo fora, para que Deus os proteja e conceda a todos as graças que mais necessitam nos seus estudos e nas suas famílias. Oremos ao Senhor

7. Pelos que têm fome e pelos doentes, pelos rejeitados e por todos os que sofrem, para que encontrem alívio junto de Deus e dos homens.
Oremos ao Senhor

8. Por todos nós aqui presentes, para que os laços de amizade entre nós Timorenses aqui em Portugal, sejam fortalecidos e vivamos em harmonia e paz. Oremos ao Senhor.

Escutai, Pai Santo, a oração da vossa Igreja peregrina, concedei-nos que, fiéis à vossa Vontade, sigamos as pisadas de Cristo e anunciemos o Evangelho aos pobres e aflitos de coração. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amem

TIMOR SEMPRE






A comissão do convívio foto com a Ir. Ma. Mendes e o estudante seminarista do Verbo Divino, Fidelis Fallo.
Um grupo dos jovens timorenses estão ser acompanhados pelas irmãs Missionárias das Servas do Espírito Santo que trabalham em Lisboa
No dia 24 de Outubro reuniram-se na Casa Provincialat dos Missionários do Verbo Divino em Lisboa para um convívio de fraternização com o objectivo de manter os laços entre os mesmos.
Iniciou-se com a missa as 12.30 e logo a seguir com o almoço de confraternização.
Participaram de alguns pais timorenses e as irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e os Misionários do Verbo Divino.
Todos sentiram o ambiente como uma só família um só povo que esta longe da sua pátria querida.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sampai kapang?


Tuhan
ketika aku melihat di sekelilingku
aku bertanya
mengapa harus terjadi seperti itu?


Bagitu banyak orang yang menderita
Siapakah yang bersalah?

Lapar akan kbenaran dan keadilan
lapar akan suatu kata yang memberi harapan
lapar akan suatu kehadiran yang boleh mendengarkan
lapar akan suatu senyuman yang boleh menguatkan


Tuhan
dunia diwarnai dengan begitu banyak penderitaan
kelkaparan, perang, perceraian,ketidak adilan, ketidak jujuran...
lalu aku bertanya pada diriku sendiri, di manakah ada kebenaran?????


Tuhan
Engkau tahu semuanya
bagiMu tiada yang tersembunyi
Semuanya jelas
Semuanya terang
Semuanya dipahami tanpa kecuali

Sampai kapang Tuhan?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Kebahagiaan putra-putri Arnaldos Janssen di Portugal


( Os missionários do Verbo Divino e as Missionárias Servas do Espírito Santo, no encontro Nacional dos jovens nos dias 3-5 de Outubro. Rafael, estudante seminarista do Verbo Divino, de Guimarães, Ir. Ma. Mendes, Missionárias Servas do Espírito Santo, de Timor, Damianus,SVD, seminarista estudante do Verbo Divino, de Indonesia, Ir. Maria Delia, Missionárias Servas do Espírito Santo, de Indonesia)

Di sanalah mereka diutus untuk mewartakan Kabar Gembira
kepada dunia yang penuh dengan tawaran semu.
Mereka memberikan keceriaan yang pasti dan tulus, bahwa kebahagiaan
tak selamanya tergantung pada kekayaan...

Aqui eles foram enviados a proclamar a Boa Nova
para o mundo que cheia de convites e incertezas.
Eles testemunharam a verdadeira felicidade,
que a felicidade não esta na riqueza...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES - Paróquia de S. Pedro-Prior Velho


Os jovens timorenses participaram no convívio no mesmo dia na Paróquia Prior Velho.
Os estudantes dos missionários do Verbo Divino Fidelis Fallo e Damianus animaram a festa com a dança juntamente com algumas jovens timorenses.

Foto os jovens timorenses com o Pároco Pe. Valentim Gonsalves, SVD. dan Ir. Ma. Mendes

Explicaram que como jovens timorenses, Timor continua viva no coração de cada um e embora esteja longe mas a saudade encurta a distância.


Cantaram algguns cantos de Timor Leste, com vários significados:
1. Timor Loro Sae
2. Timor Mãe Querida,
3. Timor Foho Matebian, com tantos outros
A presença de nós timorenses na participação deste dia Mundial das Missões aqui em Portugal queremos agradecer a todos os missionários e missionárias que foram para nossa terra a Evangelizar o nosso povo. Neste dia queremos dizer "OBRIGADO".

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)
O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cfr. Redemptoris missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser acção, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cfr. Redemptoris missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos para que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e ajudar os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal crível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda económica, especialmente neste período de crise que a humanidade está vivendo, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.Nos guie em nossa acção missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que leve a salvação "até aos extremos da terra"(At 13,47).
BENEDICTUS PP. XVI

domingo, 18 de outubro de 2009

MENSAGEM DO SANTO PADRE PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2009


As nações caminharão à sua luz"(Ap 21, 24)
Queridos irmãos e irmãs,Neste domingo dedicado às missões, dirijo-me antes de mais a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também a vós, irmãos e irmãs do Povo de Deus, para vos exortar a reavivardes a consciência do mandato missionário de Cristo, a fim de fazer com que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt28, 19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objectivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, para que encontrem n'Ele a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.

É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos só que nos seja dado servir toda a humanidade, sobretudo a mais sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade" (Evangelii Nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris Missio, 2).1. Todos os Povos são chamados à salvação

Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, em quem e só em quem ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadasereconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.

O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as torna participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se entre contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova.

A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isso, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve tornar-se uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso urgente e inadiável.
2. Igreja peregrina
Toda a Igreja, sem confins e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cf. Evangelii Nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais confinadas à existência temporal, mas abarcam a salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cf. Evangelii Nuntiandi, 27).
Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cf. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo o ser humano. A Igreja aspira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e ... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus Caritas est, 39). Esta é a missão e serviço em que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.
3. Missão ad gentes
A missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, de fraternidade, união e paz (cf. Ad Gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (Evangelii Nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade actual tornam ainda mais urgentes.

Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cf. Act 18, 10). De facto, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, de todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar"(Act 2, 39).

Toda a Igreja se deve empenhar na missão ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não estiver plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submetido" (Heb 2,8).4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio
Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até à prisão, à tortura e à morte. Não são poucos aqueles que nos últimos anos morreram por causa do seu "Nome". É ainda de grande actualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor, o Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo Millennio Ineunte, 41).

A participação na missão de Cristo, de facto, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-se do que vos disse: nenhum servo é maior que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão-de perseguir " (Jo 15, 20). A Igreja faz o mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou usando a força, mas seguindo o caminho da Cruz e fazendo-se, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade.

Às Igrejas antigas como às de recente fundação, recordo que são constituídas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até aos extremos confins da terra. A missão ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais.
Para as Obras Missionárias Pontifícias vai o meu agradecimento e encorajamento pelo seu indispensável trabalho de animação, formação missionária e ajuda económica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, realiza-se de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum programação missionária. 5. Conclusão

O impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cf. Redemptoris Missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser acção, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cf. Redemptoris Missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e que ajudem os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição.

Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal credível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda económica, especialmente neste período de crise que a humanidade está a viver, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade.
Sirva-nos de guia em nossa acção missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que Ele leve a salvação "até aos confins da terra"
(Act 13, 47).
A todos, a minha BênçãoCidade do Vaticano, 29 de junho de 2009

Bento XVI

sábado, 17 de outubro de 2009

Graças a Deus

Obrigada Jesus pelo dom da vocação e pelo dom da missão.
Obrigada pelas graças recebidas
Obrigada pela sua presença, vive no meio de nós

Que a minha vida seja uma flor bonita para infeitar o Teu Altar
Que a minha vida seja uma presença de alegria e de certeza para todos aqueles que andam a procura um sentido para sua vida

Que eu seja fiel na sua missão.
Proteja me Jesus, cuide o meu coração.
Eu Te confio hoje e para sempre...



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

HUMILDADE É A VERDADE

Pensamento de Santa Teresa de Avila, expresso em frases:

“Quem ama, faz sempre comunidade; não fica nunca sozinho”

“A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa”

“Falais muito bem com outras pessoas, por que vos faltariam palavras para falar com Deus?”

“A amizade com Deus e a amizade com os outros é uma mesma coisa, não podemos separar uma da outra”

“Em tempos de tristeza e de inquietação, não abandones nem as boas obras de oração, nem a penitência a que estás habituada. Antes, intensifica-as. E verás com que prontidão o Senhor te sustentará”

“Quem não deixa de caminhar, mesmo que tarde, afinal chega. Para mim, perder o caminho é abandonar a Oração”

“O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas”

“O verdadeiro humilde sempre duvida das próprias virtudes e considera mais seguras as que vê no próximo”

“Humildade é a verdade”

“Espera um pouco, filha, e verás grandes coisas”

“Vocês pensam que Deus não fala porque não se ouve a Sua voz? Quando é o coração que reza Ele responde”

“O Senhor sempre dá oportunidade para oração quando a queremos ter”

“Falte-me tudo, Senhor meu, mas se vós não me desamparardes, não faltarei eu a vós”

“Quem vos ama de verdade, Bem meu, vai seguro por um amplo caminho real, longe do despenhadeiro, estrada na qual, ao primeiro tropeço, Vós, Senhor, dais a mão; não se perde, por alguma queda, nem mesmo por muitas, quem tiver amor a Vós, e não às coisas do mundo”

“Se tiver humildade, não tenha receio, o Senhor não permitirá que se engane nem engane os outros”

“Uma prova de que Deus esteja conosco não é o fato de que não venhamos a cair, mas que nos levantemos depois de cada queda”

“Se não dermos ouvidos ao Senhor quando Ele nos chama, pode acontecer que não consigamos encontrá-lo quando o quisermos”

“São felizes as vidas que se consumirem no serviço da Igreja”

“Basta uma graça dessas para transformar uma alma por inteiro”

“Não me parecia que eu conhecesse a minha alma, tão transformada eu a via”
“0 olhar de Deus é amar e conceder graças”
“Eu quero ver a Deus e para isso é necessário morrer. Não morro, mas entro na vida”

Jalan Kesempurnaan


“Jika kita yang hidup sekarang ini tidak menyimpang dari apa yang dihayati para pendahulu kita, maka mereka yang akan mengikuti kita akan berbuat seperti para pendahulu kita dan bangunan akan selalu kokoh.” (St. Teresa Avila)

Santa Teresa mengajarkan cita-cita kontemplatif secara jelas,”berkembang dalam hidup doa untuk berhubungan dengan Allah dan untuk melayani Gereja, (Falco Thuis, OCarm., Diilhami Misteri)

Kerendahan hati adalah kebajikan utama yang harus dipraktekkan oleh mereka yang berdoa. (Teresa Avila, Jalan Kesempurnaan)

…saya harus mengatakan bahwa selagi kalian mengulangi doa Bapa Kami atau doa vokal lainnya, mungkin sekali Tuhan memberi kalian kontemplasi yang sempurna. (Teresa Avila, Jalan Kesempurnaan)

Jalankan doa batin, atau bila ada di antara kalian yang tidak dapat melakukannya, lakukanlah doa lisan, membaca atau berwawancara dengan Allah… (Teresa Avila, Jalan Kesempurnaan)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Di dalam keheninga ada kepenuhan


Bila keheningan, baik keheningan lahiriah maupun batiniah telah tercapai,
maka aku akan melangkah dan mulai berjalan masuk untuk mengelilingi ruang hatiku.
Masuk ke dalam keheningan hatiku bukanlah tertidur melainkan justru berjaga,
lebih meningkatkan kesadaran.
Dalam kesadaran melangkah mengelilingi hatiku,
aku akan menjumpai diriku.
Aku seperti berkeliling di sebuah ruangan yang berdinding cermin.
Kearah manapun aku menatap,
aku akan memandang diriku.
Aku menemukan diriku dan mengenalinya.
Aku yang memiliki banyak kekurangan dan kelemahan.
Aku yang ternyata memiliki keinginan-keinginan yang tidak teratur dan dosa-dosa.
Dalam kebebasan untuk berjalan-jalan di ruang batinku sendiri itu, aku pun akan mulai menyapu debu-debu keangkuhan,
masa bodoh,
iri hati dan kebencian yang melekat pada lantai ruang hatiku;
menyingkirkan keinginan-keinginan tak teratur yang berserakan di ruang batinku;
mengelap kaca dinding jiwaku yang suram karena kepicikan agar jernih dan memiliki kepekaan serta cinta dan pada akhirnya disana akan dilahirkan kehidupan baru -
manusia baru;
manusia yang mawas diri dan berusaha selalu untuk melepaskan diri dari keterikatan-keterikatan yang tidak perlu.
Di dalam keheningan ada begitu banyak hal dapat dialami.
Di dalam keheningan ada kepenuhan.

Give thanks to Him


Psalm 100

Make a joyful noise unto theLord,
all the lands!
Serve the Lord with gladness!
Come into his presence with singing!
Know that the Lord is God!
It is he that made us,
and we are his;
we are his people,
and the sheep of his pasture.
Enter his gates with thanksgiving
and his courts with praise!
Give thanks to him,
bless his name!
For the Lord is good;
his steadfast love endures for ever,
and his faithfulness to all generations.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cardeal Patriarca pede um «coração purificado» e actos de «justiça e caridade»


D. José Policarpo preside a Peregrinação Internacional Aniversária no Santuário de Fátima

D. José Policarpo pediu aos peregrinos, esta noite no Santuário de Fátima, que louvem a Deus com um “coração purificado” e que pratiquem “a justiça e a caridade”.

Na homilia da celebração eucarística, o Cardeal Patriarca de Lisboa referiu que o louvor que agrada a Deus “não são as paredes que constróem os templos mas o coração do homem”.
A presidir à Peregrinação Internacional Aniversária de Outubro, sob o tema «Não vos conformeis com este mundo», D. José Policarpo lamentou que os cristãos “liguem a palavra templo a uma casa material” e esqueçam que templo é “fundamentalmente, uma experiência viva de encontro com Deus”.

Na celebração liturgica da dedicação da basílica de Nossa Senhora o Cardeal Patriarca de Lisboa convidou os presentes a meditar no mistério do templo, reconhecendo que o templo que Deus quis criar com os homens corresponde a uma “experiência de intimidade, conhecimento mutuo e amor”.

“Se os homens não tiverem um lugar que leve ao acolhimento, se não houver uma liturgia e uma oração preparada para o encontro com Deus, um ambiente que envolva o coração do homem, ajudando-o a entrar em intimidade com o seu Senhor, é mais difícil, mas não é impossível fazê-lo no meio do mundo ou no recanto da nossa casa”.

O Cardeal Patriarca referiu que Maria foi, “antes de Jesus, um templo verdadeiro”. “O coração de Maria gerou uma intimidade profunda, delicada e total no acolhimento do seu Deus”.
Terminando, D. José Policarpo indicou aos peregrinos estarem “no lugar e momento privilegiado e exigente”. Maria, indicou o Cardeal patriarca “a mãe que nos guia, a mestra que nos ensina, não a fazer uma Igreja à parte, mas a deixar que Deus se encontro connosco e a abrir o nosso coração, a escutar a sua palavra e a escancarar as portas do nosso coração às exigências do amor”.

Participaram no rosário e procissão de velas no Santuário de Fátima 101 grupos de peregrinos. De Portugal encontram-se nove grupos.

Estão inscritos para a Eucaristia da manhã do dia 13, 111 grupos.
(Agência Ecclesia)

D. José Policarpo pede padres atentos à vida concreta


Milhares de peregrinos marcam presença esta Terça-feira no recinto do Santuário de Fátima, para participar nas celebrações da peregrinação de 13 de Outubro, este ano presididas pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Esta é a primeira grande peregrinação após o anúncio da visita do Papa em 2010 e a última antes de Maio do próximo ano. D. José Policarpo lembrou, por isso, este momento especial em que “o País inteiro se prepara para receber o Sucessor de Pedro, cabeça do Colégio dos Apóstolos”.
A identidade e a missão do sacerdote estiveram no centro da homilia proferida esta manhã. Para o Patriarca de Lisboa, a atenção à vida concreta de cada homem, “desafio a toda a Igreja, Povo Sacerdotal, é-o particularmente para nós, sacerdotes, chamados a sermos presenças vivas de Cristo Bom Pastor”.

“Nas Bodas de Caná, Maria mostra essa atitude pastoral de atenção ao pequeno-grande problema que afligia os esposos. Mostra-o quando diz a Jesus: «não têm vinho» (Jo. 2,5). Que solicitude, que atenção ao pormenor, que capacidade de avaliar um problema pessoal”, precisou.
Em pleno ano sacerdotal, D. José Policarpo afirmou que “o sacerdócio é um mistério de amor, do amor infinito de Deus pelo homem que criou à sua imagem, que destinou a partilhar, na intimidade com Ele, a comunhão de amor, onde encontrará a plenitude da vida”.

“Desse desígnio eterno o homem afastou-se e continua a afastar-se pelo pecado. O sacerdócio resume toda a pedagogia salvífica de Deus: suscita na humanidade o fermento dessa vocação sublime de amor; apesar do pecado, renuncia aos critérios do mundo e deixa-se guiar pela Palavra do Senhor, oferecendo-lhe a sua vida e aprendendo a vivê-la como expressão de louvor”, acrescentou.

O Cardeal-Patriarca referiu que “todos os membros da Igreja são sacerdotes porque são ungidos pelo espírito Santo” e, referindo-se aos padres, lembra que “são ungidos e consagrados pelo Espírito na sua ordenação”. Por isso, recorda que o ministério sacerdotal é fecundo por obra do Espírito Santo. Isto, nas palavras do Patriarca de Lisboa, significa que “a Deus nada é impossível”.

A função sacerdotal passa por “reconhecer e fazer memória da acção salvífica de Deus”, oferecer “a Deus sacrifício de louvor” – de forma particular na “oferta da sua vida a Deus”, proclamar a Palavra que nos revela o amor de Deus e levar o povo a escutá-la e a segui-la, pondo-a em prática” e, por fim, exprimir a “solicitude de Deus pelas necessidades do Povo e de cada um”.
O Patriarca de Lisboa considera que “nem podemos imaginar a intensidade com que Maria amou o mundo, encarnando a intensidade do amor salvífico de Deus. Essa intensidade comoveu o próprio coração de Deus, a ponto de o mensageiro divino a saudar como a «cheia de graça», aquela que vive a plenitude do amor”.

“Na sua vocação, ao aceitar o chamamento de Deus, onde ela identifica o desígnio salvífico, ao partilhar com o seu Filho o sacrifício redentor, Maria viveu, na radicalidade do seu coração o amor sacerdotal”, defendeu.

Presentes na Cova da Iria, onde há 92 anos se deu o acontecimento conhecido como “Milagre do Sol” estão 92 grupos de 22 países.
Agência Ecclesia

Homilia de D. José Policarpo na Peregrinação Internacional de Outubro


“Como Maria viveu o Sacerdócio do seu Filho, Jesus Cristo”

1. Neste Ano Sacerdotal, quando o País inteiro se prepara para receber o Sucessor de Pedro, cabeça do Colégio dos Apóstolos, somos convidados a interiorizar essa manifestação inaudita do amor de Deus pela humanidade, que é a dimensão sacerdotal, cuja plenitude se exprimiu em Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Maria, que pela Sua vida e pela a Sua morte reconduziu definitivamente todos os homens à intimidade com Deus, Trindade Santíssima, comunhão de amor. Esta função sacerdotal, plenamente realizada por Jesus Cristo, é vivida pela Igreja, Povo Sacerdotal, a que preside, de forma perene e definitiva, o próprio Jesus Cristo, através daqueles a quem consagrou pelo Espírito Santo para exercer, em seu nome, as funções sacerdotais da Igreja, Povo de Deus. Pelo lugar especialíssimo que ocupa na vida e missão de Jesus Cristo, assim como na Igreja, que a aclama como sua Mãe, porque é o seu “ícone” inspirador, queremos contemplar a participação de Maria no sacerdócio do seu Filho Jesus Cristo. Toda a Igreja, povo sacerdotal e todos os sacerdotes que tornam presente na Igreja o sacerdócio de Jesus Cristo, podem contemplá-la como Mãe e modelo, encontrando nela as expressões próprias da atitude sacerdotal.

2. O sacerdócio é um mistério de amor, do amor infinito de Deus pelo homem que criou à sua imagem, que destinou a partilhar, na intimidade com Ele, a comunhão de amor, onde encontrará a plenitude da vida. Desse desígnio eterno o homem afastou-se e continua a afastar-se pelo pecado. O sacerdócio resume toda a pedagogia salvífica de Deus: suscita na humanidade o fermento dessa vocação sublime de amor; apesar do pecado, renuncia aos critérios do mundo e deixa-se guiar pela Palavra do Senhor, oferecendo-lhe a sua vida e aprendendo a vivê-la como expressão de louvor. Para isso escolheu e formou um Povo a que o Profeta Isaías chama “linhagem que o Senhor abençoou” (Is. 61,9). Expressão de Deus em favor da humanidade, o Povo de Deus é, na sua identidade mais profunda, um povo sacerdotal, capaz de reconhecer o amor salvífico de Deus e de se assumir como um Povo que louva o Senhor.
O sacerdócio é um mistério de amor, do infinito amor de Deus pelo Seu Povo, que volta a poder desejar a plenitude do amor, em Deus, e volta a ser capaz de viver a vida neste mundo, como antecipação dessa plenitude final. O Santo Cura d’Ars, de quem celebramos este ano os 150 anos da sua morte, escreveu um dia: “Oh, o padre tem alguma coisa de grande. Não se compreenderá bem o sacerdócio senão no Céu. Se o compreendêssemos na Terra, morreríamos, não de espanto, mas de amor” (1).

Mas não foi apenas um santo sacerdote que reconheceu que o sacerdócio é um mistério de amor. Santa Teresa de Lisieux, uma humilde carmelita, sente-se devorada pelo desejo de contribuir para a salvação do mundo, quereria ser apostola desde o princípio do mundo até à escatologia e quereria dar toda a sua vida derramando o sangue como os mártires. Mas Deus fez-lhe perceber, lendo São Paulo, que, no amor, ela poderia ser tudo isso e escreve: “compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia actuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho, nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno. E então (…) exclamei: a minha vocação é o amor” (2).
Nem podemos imaginar a intensidade com que Maria amou o mundo, encarnando a intensidade do amor salvífico de Deus. Essa intensidade comoveu o próprio coração de Deus, a ponto de o mensageiro divino a saudar como a “cheia de graça”, aquela que vive a plenitude do amor. Na sua vocação, ao aceitar o chamamento de Deus, onde ela identifica o desígnio salvífico, ao partilhar com o seu Filho o sacrifício redentor, Maria viveu, na radicalidade do seu coração o amor sacerdotal. Como mais tarde a Igreja, ela percebeu e aceitou que a sua vocação e a sua missão era o amor.

3. A dimensão sacerdotal do Povo de Deus e as suas instituições inserem-se no dinamismo da redenção, levando um Povo “que o Senhor abençoou” a recuperar a sua vocação primordial de comunhão com Deus. No desígnio de salvação, esta não consiste, apenas, na plenitude escatológica. A comunhão com Deus é para ser vivida já neste mundo, pois ela define o mistério da vida. O primeiro fruto da dimensão sacerdotal é levar o Povo a louvar o Senhor, em tudo o que se é e o que se faz: rezando, toda a Liturgia é um acto de louvor, praticando o amor e a justiça, proclamando as maravilhas de Deus. Israel e a Igreja são chamados a ser um povo que louva o Senhor. A primeira manifestação desse louvor é reconhecer a acção de Deus em favor do Seu Povo, na consciência de que, sem Deus, os homens não conseguem ultrapassar a fronteira entre o pecado e a graça. A confissão de fé dos crentes de Israel é recordar, fazer memória, das maravilhas que Deus realizou em favor do seu Povo. Encontramos na primeira leitura que escutámos (Is. 61, 9-11) essa atitude de louvor: “Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de Justiça”. O Profeta Isaías sente essa misericórdia de Deus como expressão da sua ternura amorosa: “Como o noivo que cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas jóias”.

Reconhecer e fazer memória da acção salvífica de Deus é a essência da dimensão sacerdotal. A própria Eucaristia, principal expressão do Povo Sacerdotal, onde se tona clara a especificidade do ministério dos sacerdotes e da sua convergência com a oferta do Povo Sacerdotal, é a memória da acção decisiva de Deus, em Jesus Cristo, para a salvação da humanidade. Maria fá-lo espontaneamente, assumindo atitude sacerdotal, ao reconhecer as maravilhas que Deus realiza nela e que relaciona com as maravilhas que fez em favor do seu Povo: “A minha alma glorifica o Senhor… o Todo Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu Nome… acolheu a Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais” (cf. Lc. 1,46-55).

4. A dimensão sacerdotal exprime-se, também, na oferta a Deus de sacrifícios de louvor. A melhor expressão do louvor que o homem pode ter é oferecer a sua vida a Deus e viver a vida de modo digno para ser oferecida. São Paulo pede isso aos cristãos de Roma, como ouvimos na segunda leitura: “Peço-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais a vós mesmos, como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, como culto espiritual” (Rom. 12,1). A consciência teológica de Israel vai percebendo que na oferta pura que o justo faz da sua vida a Deus, ele merece a redenção dos seus irmãos. Encontramos a plenitude desta oferta sacerdotal da própria vida, no sacrifício de Cristo de que a Igreja faz memória sempre que celebra a Eucaristia.
Esta oferta total da própria vida, Maria fá-la desde o momento em que disse a Deus: “faça-se em mim segundo a tua Palavra” e radicaliza-a, para todo o sempre, aos pés da Cruz de seu Filho, oferecendo-O e oferecendo-se com Ele. Ela é verdadeiramente co-redentora. Este sacrifício perene de Jesus Cristo, não se repete, mas actualiza-se, como se fosse oferecido hoje, no poder sacramental da Igreja na Eucaristia e na presença amorosa de Maria na Igreja. A memória viva que guarda no seu coração daquele momento decisivo do Calvário é também uma forma de lhe dar actualidade na vida da Igreja. Com a Igreja, Maria oferece e oferece-se em cada Eucaristia.

5. Proclamar a Palavra que nos revela o amor de Deus e levar o povo a escutá-la e a segui-la, pondo-a em prática, é outra expressão da dimensão sacerdotal. Esta dimensão viveram-na apaixonadamente os profetas, deve devorar o coração dos sacerdotes que também são profetas. Maria é, também neste aspecto da dimensão sacerdotal uma estrela que nos guia. “Eu sou a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc. 1,18). E nas Bodas de Caná convida os criados: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo. 2,5). Esse é o desafio que a Igreja, Povo Sacerdotal, faz ao mundo a que é enviada: escutai o que Deus vos diz; fazei tudo o que Ele vos disser.

6. A dimensão sacerdotal é, no meio dos homens, a manifestação da solicitude de Deus pelas necessidades do Povo e de cada um. Ele é o pastor do seu Povo, conhece as suas ovelhas, sabe do que precisam, cuida das doentes e das débeis, vai à procura delas, carrega aos ombros a que está ferida. Esta atenção à vida concreta de cada homem é desafio a toda a Igreja, Povo Sacerdotal, é-o particularmente para nós, sacerdotes, chamados a sermos presenças vivas de Cristo Bom Pastor. Nas Bodas de Caná, Maria mostra essa atitude pastoral de atenção ao pequeno-grande problema que afligia os esposos. Mostra-o quando diz a Jesus: “não têm vinho” (Jo. 2,5). Que solicitude, que atenção ao pormenor, que capacidade de avaliar um problema pessoal.

7. O sacerdócio é a expressão do amor de Deus e hoje sabemos o seu nome: é o Espírito Santo, o que realiza toda a obra de Deus em favor do seu Povo. O Espírito Santo é o segredo da acção sacramental. Todos os membros da Igreja são sacerdotes porque são ungidos pelo Espírito Santo. Os sacerdotes são ungidos e consagrados pelo Espírito na sua ordenação. E todos sabemos que a fecundidade sacerdotal é obra do Espírito Santo, a certeza da Igreja de “que a Deus nada é impossível”. Contemplemos a missão de Maria como um sacerdócio, em dois momentos da salvação a acontecer. Na Anunciação, o Anjo diz a Maria: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra” (Lc. 1,35). E, na Eucaristia, antes da consagração do Pão e do Vinho, o sacerdote reza assim: “santificai estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, para que se convertam, para nós, no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Euc. II). De facto a Deus nada é impossível. A acção do Espírito em Maria prolonga-se na acção da Igreja, no seu poder sacerdotal. O amor de Deus continua a transformar a história.

Santuário de Fátima, 13 de Outubro de 2009
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

NOTAS:
1 - P. Trouchou, O Santo Cura d’Ars, p. 113
2 - Manuscrits autobiographiques, Lisieux 1957, pp. 227-229
Documentos D. José Policarpo 2009-10-13 11:18:43 12910 Caracteres Santuário de Fátima


Agència Ecclesia-notícia da Igreja católica em Portugal

VEM E SEGUE-ME


(Damianus,SVD( de Indonesia)estudante seminarista dos Missionários do Verbo Divino)

Disse Jesus ao jovem: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e distribui-o pelos pobres e terás um tesoiro no céu e vem e segue-me" (Mt., 19,21)

Segue-me é a voz de Cristo. O apelo do Bom Pastor. Chama-me para O seguir, abandonado tudo aquilo que Lhe não agrada. Atinge-me um apelo de Cristo, que eu devo seguir. Ele me chamou a ser cristã, quer dizer de Cristo, d´Ele. Todos os momentos me chama a transformar-me n´Ele. Chama-me para cumprir missão na Igreja.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Datang dan Lihat...











Encontro nacional de Jovens Verbitas






































De 3 a 5 de Outubro, cerca de 167 jovens, ligados aos Missionários do Verbo Divino e às Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, provenientes de vários pontos do país, reuniram-se, na Paróquia do Prior Velho, em Lisboa, no seu segundo Encontro Nacional, que teve por lema” Para mim viver é…”

Num primeiro momento, e partindo da passagem do Evangelho de S. Lucas, cada jovem foi chamado a partilhar como responder, hoje, ao convite que Jesus lança do “vai e faz o mesmo” e, tal como o bom samaritano, amar “qualquer um, amigo ou inimigo, conhecido ou desconhecido”.
Na noite de oração, ao estilo de Taizé, cada um foi interpelado a pensar com Quem é que verdadeiramente se quer encontrar na sua vida.

No Domingo, a Eucaristia foi vivida com grande alegria, como o verdadeiro momento de festa. Da parte da tarde, à semelhança dos discípulos, os jovens foram enviados em missão, em pequenos grupos, para diferentes lugares e diversas realidades, e desafiados a olharem para a cidade, tal como Jesus a olharia hoje.

À noite houve festa missionária, animada pela música e pelo canto do grupo “Vozes de África” e do grupo da comunidade brasileira de Odivelas.

No último dia foi lançado o “desafio ao compromisso/missão”, partindo da dinâmica do envio com todas as suas consequências. Todos os participantes, recebendo uma cruz, foram enviados a serem testemunhas do amor do Pai nas mais diversas situações.

Tónica dominante deste encontro foi a partilha da alegria dos jovens, vivida igualmente com todas as famílias que os acolheram, como filhos, em suas casas.